O presidente americano, Donald Trump, acusou nesta quarta-feira (29) a China de complicar a relação de Washington com a Coreia do Norte, em um momento em que as negociações sobre a desnuclearização norte-coreana estão estagnadas.

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“A China dificulta muito a nossa relação com a Coreia do Norte”, disse Trump na Casa Branca, embora tenha destacado que seus vínculos com o presidente chinês, Xi Jinping, são “grandiosos”.

Também ressaltou a sua “relação fantástica” com o líder norte-coreano, Kim Jong Un, com quem se reuniu em Singapura em junho.

Mas reconheceu que “parte do problema norte-coreano é causado pelas disputas comerciais com a China”.

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Pequim é o único aliado de peso de Pyongyang e a principal rota para os bens que entram na Coreia do Norte. Trump sugere que a China deixou de exercer tanta pressão sobre o regime de Kim, em resposta às tarifas impostas por Washington aos seus bens.

O presidente reiterou o seu desejo de alterar fundamentalmente a relação comercial entre Estados Unidos e China, as duas principais economias do mundo.

Uma postura mais firme em relação a Pequim no comércio é necessária “porque não foi muito justo para o nosso país”, disse Trump.

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Em junho, Trump e Kim expressaram o compromisso de alcançar a “completa desnuclearização da península coreana”.

Mas esses esforços estagnaram durante dias e, na semana passada, Trump ordenou que seu chefe diplomático, Mike Pompeo, cancelasse uma visita planejada a Pyongyang.

Pompeo declarou na terça-feira que Washington segue disposto a participar “quando ficar claro que o presidente Kim está pronto para cumprir os compromissos que assumiu na Cúpula de Singapura com o presidente Trump para ‘desnuclearizar’ por completo a Coreia do Norte.

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Segundo o site de notícias americano Vox, Trump se comprometeu na cúpula de junho a firmar uma declaração para acabar com a Guerra da Coreia, e agora os dois países estão em um impasse sobre quem cumprirá primeiro seu compromisso.

Nesta quarta-feira, a porta-voz do departamento de Estado Heather Nauert disse a jornalistas que Washington acredita que “a desnuclearização deve ocorrer antes de chegarmos a outras partes”.

* AFP