O presidente americano, Donald Trump, lamentou nesta quarta-feira (30) ter nomeado Jeff Sessions como procurador-geral e secretário de Justiça, enquanto aumenta a pressão de uma investigação sobre o possível conluio com a Rússia nas eleições de 2016 e obstrução da Justiça.

Continua depois da publicidade

Depois que o jornal The New York Times reportou que Trump pressionou Sessions para reverter sua recusa à supervisionar a investigação russa em março de 2017, Trump confirmou sua insatisfação com essa decisão.

Citou um legislador republicano que teria criticado Sessions por não ter informado o presidente antes de se tornar procurador-geral que se recusaria a supervisionar a investigação.

“Realmente existem muitos bons advogados no país, poderia ter escolhido outra pessoa”, disse o legislador Trey Gowdy.

Continua depois da publicidade

“Queria eu ter feito!”, disse Trump em um tuíte.

O presidente criticou repetidamente Sessions e acha que o ex-senador, muito ativo na campanha de Trump, deveria ajudá-lo a se defender da investigação e não ficar à margem.

No domingo, o advogado de Trump, Rudy Giuliani, disse que a investigação eventualmente poderia acabar em manobras de destituição no Congresso sobre a suposta obstrução da Justiça pelo presidente.

“Eventualmente a decisão será destituir ou não destituir”, disse à CNN.

O NYT reportou nesta quarta-feira que a pressão de Trump sobre Sessions para reverter sua recusa se tornou o foco da investigação do procurador especial Robert Mueller.

Continua depois da publicidade

Essa situação poderia colocar Sessions, que foi interrogado pela equipe de Mueller em janeiro, na posição de testemunha contra o presidente, segundo o jornal.

Trump está na ofensiva, tentando mostrar que a equipe de Mueller, o Departamento de Justiça e o FBI estão sendo parciais contra ele, e denuncia a investigação especial como “ilegítima” e “a maior caça às bruxas da história americana”.

* AFP