Não são somente os diabéticos e pessoas com tendência à obesidade que devem manter o açúcar longe dos hábitos alimentares. De acordo com um estudo recente publicado pela pesquisadora norte-americana Nancy Appleton, especialista em alimentação e nutrição, o consumo do açúcar pode provocar muito mais do que obesidade, aumento dos níveis de glicose no sangue e problemas cardiovasculares.
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Segundo o estudo, a ingestão diária de açúcar pode resultar em mais de cem efeitos nocivos para o organismo, inclusive vários tipos de câncer.
No entanto, por ser uma substância barata, o açúcar está incorporado na cultura de milhões de pessoas e é altamente utilizado tanto nos lares quanto nas indústrias de alimentos. De acordo com a nutricionista Gisele Rocha, o açúcar não é usado apenas com a função de adoçar, mas também para conservar, dar textura e aparência aos alimentos.
– O açúcar é usado em larga escala nas indústrias alimentícias e está embutido em muitos produtos que a população consome sem se dar conta – ressalta.
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Para mudar essa cultura a nutricionista diz que o ideal seria que houvesse um trabalho de conscientização por meio de campanhas promovidas pelos órgãos reguladores de produtos alimentícios.
– A população deveria ser estimulada a consumir menos açúcar e as indústrias a desenvolverem alimentos que reduzam a quantidade ou eliminem o açúcar da composição – sugere a nutricionista.
Para Gisele, a melhor alternativa para fugir dos males causados por essa substância é optar pelos adoçantes, que atualmente possuem sabor igual ao do açúcar e podem ser utilizados normalmente até nas receitas caseiras.
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– A única limitação é com o aspartame, que deve ser usado apenas em sobremesas e doces, pois não pode ser utilizado para receitas que vão ao forno por muito tempo – orienta.
Absorção rápida e sobrecarga do pâncreas causam diabetes
Considerado um carboidrato simples, composto por apenas duas moléculas (glicose e frutose), o açúcar é absorvido pelo organismo logo após ser ingerido e eleva rapidamente o nível de glicemia na corrente sanguínea. Segundo a nutricionista Gisele Rocha, a facilidade de absorção pelo organismo faz com que o consumo constante e prolongado do açúcar mantenha sua concentração no sangue sempre em alta.
– Isso faz o pâncreas passar o tempo todo produzindo insulina para manter os níveis glicêmicos dentro do normal. Com o tempo a sobrecarga prejudica o funcionamento deste órgão e diminui a produção de insulina. Com mais açúcar na circulação a pessoa desenvolve o diabetes – explica.
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