O grande destaque da Semana Guga Kuerten – que começou nesta quinta-feira e vai até o dia 16, em Florianópolis – é a Copa Guga. As primeiras competições foram no Jurerê Sport Center, em Florianópolis, mas é só a partir desta sexta-feira que as estrelas do tênis de cadeira de rodas vão entrar em quadra. Sete dos oito tenistas brasileiros na Paralimpíada do Rio de Janeiro estarão competindo no torneio organizado pelo tricampeão de Roland Garros. É a oportunidade para acompanhar de perto a tropa de elite do Brasil na modalidade.
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– Esse torneio é muito importante porque é a única grande competição para cadeirantes no Brasil e praticamente na América do Sul. Para ganhar experiência, temos que viajar pelo mundo e isso é muito caro. Temos sempre dificuldades para encontrar patrocinadores – disse Many, que neste ano é apoiado pela Portobello e pela Faculdade Estádio de Sá.
Dificuldades
Os atletas paralímpicos realmente sofrem para conseguir patrocinadores, mesmo quando o Brasil recebe um evento como a Rio 2016.
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– Há uma frustação porque conseguir patrocínio antes da Paralimpíada foi quase impossível e agora há um “ressaca”. No Brasil, o investimento para eventos grandes começa um ano antes do torneio e em outros países é um trabalho contínuo – disse a atleta Rejane Candida.
Natália Mayara é uma das grandes estrelas do tênis nacional. Aos 22 anos, ela é tetracampeã da Copa Guga e esteve em duas paralimpíadas. Mais uma vez é favorita ao título.
– Eu venho confiante, mas, ao mesmo tempo é preciso saber lidar com essa confiança. Tenho que respeitar todas as adversárias que estão aqui. Vem tenista de fora e o esporte vem crescendo bastante, aumentado a dificuldade das partidas – analisou a papa-título.
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Encontro com o ídolo
Um dos momentos especiais do torneio é o reencontro com Gustavo Kuerten. O catarinense faz questão de acompanhar as competições e conhece essa equipe brasileira como ninguém.
– As vezes os amigos e familiares não acreditam que conhecemos tão bem o Guga. Só dele fazer esse torneio, no nível que tem, já é demais. Acredito que, no Brasil, só ele consiga fazer algo assim e manter por tanto tempo – analisou Daniel Rodrigues.
Admiração a Guga é consenso entre os atletas.
– Para mim, ele é o exemplo de ídolo e ser humano. Ídolo não é só aquele que aparece e faz as pessoas sonharem em um dia ser como ele. Ser um ídolo, acima de tudo, é demonstrar o amor e o prazer que ele tem por ser isso. E o Guga passa isso toda vez que encontra com alguém. Essa humildade que ele tem é o melhor que o ser humano pode ter. Ele trata a gente como amigos – completa Rejane.
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