Durante a juventude, ele esteve pouco tempo ao lado delas. A necessidade de trabalhar na roça para ajudar a mãe fez com que o trocador de óleo Mario Brito dos Santos abandonasse a escola na 6ª série do ensino fundamental em Planalto (RS). Hoje, aos 59 anos, ele coleciona canetas.
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O trocador de óleo tem mais de 1,5 mil exemplares. Todas diferentes uma das outras e de vários lugares do mundo. A brincadeira começou há 11 anos no Bairro Coqueiros, em Florianópolis.
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– Comecei ganhando de clientes do posto e não parei mais. Tenho fregueses que trouxeram as canetas da Argentina, Canadá, EUA, China e Índia – contou entre os filtros de óleo.
Escreveu letra de música
Mesmo sem ter concluído os estudos, Mario sabe ler e escrever. Apesar da caligrafia não ser um brinco, ele gosta de rabiscar algo sempre que possível. Durante um período, ele trabalhou como cantor e chegou a escrever letras de músicas.
– Morei 22 anos em Chapecó e trabalhei com música e topografia. Cheguei a ter uma programa de rádio e formei dupla sertaneja com a minha esposa Mary dos Santos (52 anos). Na época, eu gostava de compor, mas nunca gravei por falta de dinheiro – lembrou.
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Antes da reforma no posto onde trabalha no Bairro Coqueiros, ele tinha um varal de canetas. Agora, elas ficam guardadas em uma caixa de papelão à espera de um novo local.
Uma é especial
Quando não está trocando óleo, Mario está ajudando os frentistas no pátio do Posto Almeida e Filhos, em Coqueiros. Quando tem um tempo extra, ele separa as canetas de vários tipos e modelos. Ele tem esferográficas desde as tradicionais de plástico até as mais inusitadas. Além da metálica, que também é muito comum, ele tem um modelo de osso, de papelão e de vários formatos.
– Tenho canetas diferentes e algumas são até estranhas. Mas uma é especial e fica em uma caixinha dentro do meu carro. Essa eu ganhei de um amigo colorado há dois anos – revelou.
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