Na manhã desta terça-feira, um dia após sua demissão do comando do Criciúma, o ex-técnico Gilmar Dal Pozzo voltou à Capital do Carvão para uma entrevista coletiva de despedida com a imprensa local. A demissão aconteceu na segunda-feira em Florianópolis, onde o profissional reside com sua família e estava em escala para recarregar as energias após a derrota de 3 a 1 para o Vitória, no último sábado.
Continua depois da publicidade
::: Roberto Alves: Toninho Cecílio é o novo técnico do Criciúma
::: Leia mais notícias do Tigre
::: Confira a tabela de classificação da Série A
Continua depois da publicidade
Com três vitórias, quatro empates e seis derrotas, o treinador deixou o comando do Criciúma com 33,33% de aproveitamento após 52 dias no cargo. Visivelmente triste por deixar o Tigre, o treinador contou sobre sua trajetória, em que sempre entregou resultados e teve a oportunidade de completar o ciclo de trabalho.
– Meus trabalhos são a médio e a longo prazo, início, meio e fim. Todos os meus trabalhos, aqueles que eu concluí, eu conquistei os objetivos traçados pelo clube. Aqui no Criciúma infelizmente não veio. Já peguei em uma condição ruim e não melhorou. É um sentimento azedo, amargo. Fica essa tristeza porque eu não consegui terminar meu trabalho. Sei que a situação é difícil para o Criciúma. Saí chateado depois do jogo contra o Vitória, mas já estava encontrando forças com os meus familiares ontem para vir forte enfrentar o São Paulo. Infelizmente não deu – lamenta.
Apesar de lamentar pela interrupção do trabalho, que envolvia riscos desde o começo e teve uma sequência de três derrotas que culminaram em sua demissão, Dal Pozzo não se isenta da culpa e avalia que são situações do futebol.
Continua depois da publicidade
– Eu poderia me responsabilizar mais pela situação do Criciúma hoje, porque além de técnico eu sou um gestor. Não quero ficar aqui lamentando porque quando eu assumi o Criciúma ele estava nessas condições, eu assumi e acreditava. Muitos técnicos não quiseram assumir e eu tive a coragem. Era um risco que tinha, mas podia ser um risco positivo – pondera.
Honrado por ter feito parte do Criciúma, o treinador vai embora orgulhoso, carregando a carta de motivação de um torcedor. Sobre o resto do ano, Dal Pozzo adiantou que não pretende mais trabalhar nos últimos dois meses de 2014 e espera um bom planejamento para começar os trabalhos no próximo ano.