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A definição da eleição catarinense em primeiro turno faz com que as atenções das principais lideranças do Estado se voltem a um único projeto: fazer os presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) ou José Serra (PSDB) chegar em primeiro lugar em Santa Catarina. O PT e os demais partidos que apoiaram a candidatura de Ideli Salvatti (PT) de um lado, a tríplice aliança reforçada pela maior parte das lideranças do PP de outro.

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Nessa corrida, os aliados de José Serra saíram na frente. Líder no primeiro turno com 45,77% dos votos válidos, o tucano foi o primeiro a vir ao Estado na segunda parte da corrida eleitoral, com as visitas a Chapecó e Blumenau, sexta e sábado. Além disso, recebeu o apoio da bancada do PP na Assembleia, do deputado federal eleito Esperidião Amin (PP) e de sua mulher, Angela Amin (PP) – segunda colocada na disputa pelo governo estadual.

Na manhã desta quarta-feira, as principais lideranças da tríplice aliança se reúnem no Hotel Castelmar, em Florianópolis. Serão discutidas estratégias não só para aumentar a vantagem alcançada pelo tucano no Estado, mas para fortalecer a arrecadação de recursos para a nova da campanha. Estarão presentes o governador eleito Raimundo Colombo (DEM), o governador Leonel Pavan (PSDB), Luiz Henrique da Silveira (PMDB) e Paulo Bauer (PSDB), que conquistaram vagas no Senado.

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– Essa semana vamos receber material de São Paulo, da campanha do Serra, e vamos produzir material aqui no Estado também – afirma Antonio Ceron, que coordenou a campanha de Colombo ao governo.

Sem reforços de peso, os petistas apostam na organização interna e na mobilização de rua para virar o jogo em favor de Dilma, que teve 38,71% dos votos válidos no Estado. Nova coordenadora da campanha, Ideli Salvatti (PT) diz que serão feitas 11 plenárias em todo o Estado para discutir estratégias de campanha. Também nesta quarta-feira, serão definidos eventos de rua. Uma das ideias é realizar um ato com os sindicatos que apoiam a petista, com a presença do ministro do Trabalho Carlos Lupi (PDT) e do senador reeleito Paulo Paim (PT-RS).

Outra frente da campanha é trazer o presidente Lula e Dilma ao Estado. Nesta sexta-feira, Lula estará em Chapecó para inaugurar a hidrelétrica de Foz de Chapecó. Segundo Ideli, a agenda no Oeste foi reduzida e a intenção é levar o presidente para outra região do Estado. O argumento é de que o PT venceu a disputa na região e precisa ter a posição fortalecida em outros locais.

– Nós queremos um evento no Vale do Itajaí porque é a única região que não foi visitada nem por Lula, nem por Dilma.

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Ideli tenta fazer a presidenciável aproveitar o período das festas de outubro para fazer corpo a corpo não apenas na Oktoberfest, em Blumenau, mas também na Marejada, em Itajaí, e na Fenarreco, em Brusque.

– Estou insistindo porque são lugares em que há grande movimentação de pessoas e a possibilidade de fazer uma agenda mais de rua – afirma.