Em oito anos, o Brasil e a África ficaram mais próximos. Foram intensificadas as relações políticas, econômicas, comerciais e de ajuda humanitária, além da cooperação na agricultura, saúde e educação. O comércio bilateral saltou de US$ 6 bilhões, em 2002, para US$ 19 bilhões, em 2009. O mesmo ocorreu com o número de embaixadas de países africanos no Brasil que, no mesmo período, aumentou de 18 para 30.

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Para o subsecretário-geral de Assuntos Políticos do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Piragibe Terragô, as afinidades entre brasileiros e africanos facilitam o intercâmbio:

– Temos uma identidade cultural que é óbvia, passando pela comida, música e artes em geral. Aliado a isso, a abertura que houve passa a sensação para os africanos de que a porta está e permanecerá aberta.

A demonstração de que as relações serão expandidas é que, este ano, as primeiras perspectivas indicam que a balança comercial entre o Brasil e os países africanos vá superar os números de 2009. A tendência é de que os valores se aproximem aos de 2008: US$ 26 bilhões.

Paralelamente, são ampliadas as parcerias em áreas específicas. Na agricultura, por exemplo, o Brasil fornece tecnologia e experiência para transformar a cultura de subsistência em algo rentável, assim como estimular a agricultura familiar e as plantações para a exportação. Em Moçambique, o projeto de desenvolvimento inclui pesquisas com a Savana. Em Moçambique, o projeto de desenvolvimento inclui pesquisas com a savana. No Chade, em Benin, no Mali e em Burkina Faso é executado um programa de estímulo à produção para exportação de algodão.

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