Três homens foram presos pela segunda vez em uma semana em um desmanche de carros roubados na rua Laranjal, no bairro Boehmerwald, na zona Sul de Joinville. No flagrante que aconteceu na manhã desta quinta-feira, peças de uma Montana com registro de roubo em Curitiba estavam sendo montadas em outro carro do mesmo modelo.

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Os policiais puderam constatar que parte das identificações do veículo, como o chassi, já estavam adulteradas. Robson Tiago Severo da Silva, Fábio Alves de Meira e Fernando Francisco Gonçalves foram presos. Um quarto homem foi levado para a delegacia para prestar esclarecimentos. Em princípio, ele não teria envolvimento com o desmanche.

De acordo com o tenente Eduardo Steil, as peças do carro roubado estavam sendo montadas em um carro batido, que provavelmente foi comprado em leilão. Esses carros são reformados com peças roubadas para voltarem a rodar sem restrições administrativas, como o registro do roubo, por exemplo.

No galpão onde funciona uma suposta oficina, havia pelo menos 11 carros. Sete deles eram batidos. A polícia constatou, também, que havia pedaços de cinco carros (Civic, Savero, Strada, Fit e Celta) com as identificações suprimidas. Como não havia a identificação nesses veículos, não foi possível confirmar se eram roubados. Para descobrir a procedência, será necessário fazer uma perícia.

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Robson, Fábio e Fernando já haviam sido presos na última sexta-feira no mesmo galpão. Na ocasião, havia um Peugeot 408 com registro de roubo sendo desmontado. O carro foi roubado de um dentista no dia anterior à prisão. Segundo o relato da vítima, o assalto foi praticado por dois homens armados em Joinville.

Na ocasião do flagrante, na última sexta, o trio foi autuado por receptação. Conforme consta no processo que corre na 1ª Vara Criminal, as fianças foram estipuladas em R$ 10 mil para Robson, R$ 7 mil para Fábio e R$ 20 mil para Fernando. Uma decisão judicial assinada na terça-feira desta semana deu uma segunda chance a Robson e Fábio e reduziu o valor para R$ 724.

– O indiciado Robson Tiago Severo da Silva aufere cerca de R$ 2.500, não apresenta antecedentes e não há qualquer elemento que indique que seja sujeito perigoso. Além disso, não há nos autos qualquer indicativo de que desempenhe atividade formal. Nessas condições, entendo que a fiança que lhe foi atribuída também deve ser reduzida, para ser fixada definitivamente em R$ 724 – entendeu a juíza Karen Reimer.

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A justificativa foi a mesma para Fábio. Apenas Fernando teve a fiança mantida. Mesmo assim, ele conseguiu pagá-la e sair da prisão assim como os outros dois que tiveram a fiança reduzida.

Após receber o flagrante na Central de Polícia, nesta quinta-feira, o delegado de plantão, Douglas de Cinque, autuou o trio por receptação qualificada. Dois dias depois de deixarem a cadeia, os três vão retornar à prisão.

Contraponto

Fernando Francisco Gonçalves disse à Polícia Militar que alugou o galpão onde funcionava a oficina e não tinha conhecimento sobre o que acontecia na extensão dele, onde ocorria o desmanche. Ele alegou que a Montana apreendida hoje já estava lá na sexta-feira, quando ocorreu a primeira prisão. Conforme a decisão da 1ª Vara Criminal, Fernando não tinha antecedentes criminais antes da prisão de sexta.

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Robson Tiago Severo da Silva e Fábio Alves de Meira, que também não tinham antecedentes antes da prisão de sexta, não falaram sobre o caso com a Polícia Militar.

Em depoimento ao delegado Douglas, na delegacia, os três negaram autoria do desmanche de veículos roubados.