O trio acusado pela morte de Amanda Albach, de 21 anos, foi condenado a mais de 60 anos de prisão, somando as penas. A jovem foi morta em uma praia de Imbituba, no Sul de Santa Catarina, em novembro de 2021 e, segundo a denúncia, foi obrigada a cavar a própria cova. O júri popular ocorreu nesta quarta-feira (16). A decisão cabe recurso.
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Daiane Mayara Pasqual recebeu condenação de 23 anos de reclusão; e os irmãos Douglas Straccioni da Silva e Vitor Straccioni da Silva têm penas de 20 anos e 10 meses e 20 anos e quatro meses, respectivamente.
Os acusados são uma amiga da vítima e dois homens. Segundo as investigações, Amanda, que morava na região metropolitana de Curitiba, veio ao estado catarinense para passar o feriado de 15 de novembro e se hospedou na casa da mulher. Um dia antes do crime, as amigas, o namorado da ré e o irmão dele foram a Florianópolis onde participaram de uma balada em um beach club de Jurerê Internacional.
Quem era Amanda Albach, encontrada morta em praia de SC após 18 dias desaparecida
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A denúncia apresentada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) aponta que, após a festa, o grupo foi para Laguna, cidade vizinha a Imbituba, para casa onde moravam os acusados. Os três, então, mantiveram Amanda em cárcere privado das 11h às 19h, onde foi amarrada e uma fita foi colada na boca dela. Neste período, eles a ameaçaram com uma arma e obrigaram a confessar a participação em uma organização criminosa que, supostamente, teria criando uma emboscada para eles.
Além disso, conforme a promotoria, os envolvidos forçaram Amanda a mandar um áudio para a família e mentir na mensagem que ela voltaria com um motorista de aplicativo para casa, no Paraná. A coação já seria feita com o objetivo de dificultar as investigações.
Já a noite, eles levaram Amanda para um ponto descampado da Praia de Itapirubá Norte, em Imbituba, e a obrigaram a cavar um buraco. Depois, atiraram na cabeça da vítima e enterraram o corpo no local. O cadáver só foi encontrado 18 dias após o crime depois que um dos suspeitos foi preso no Rio Grande do Sul.
Contraponto
Em nota a reportagem, os advogados dos irmãos, Juan Felipe Berti e Alexandre Carolindo, afirmam: “A defesa de Douglas e Victor Straccioni informa que avaliará com serenidade, a necessidade e viabilidade de interposição de recurso de apelação ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina, porquanto entende que há algumas nulidades a serem discutidas.”
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A advogada Luana Cargnin, que defende Daiane, também informou que irá recorrer da decisão, inclusive pedindo a anulação do júri.
— Foi um júri muito difícil e muito complexo. A defesa apresentou provas concretas de que havia indícios de que Daiane e Vitor estavam em casa durante a morte da Amanda na praia, enquanto o Ministério público não apresentou nenhuma prova concreta, apenas teorias, e mesmo assim os jurados (com a sua maioria do sexo feminino) entenderam que mesmo assim Vitor e Daiane tem participação no crimes da vítima Amanda — explica.
Confira o áudio da jovem enviado à família
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