Um cenário inspirador e desafiador ao mesmo tempo. É isso que aguarda o trio Giliarde Lopes, de 37 anos, Luciano Lopes, de 42 anos, e Silvano Malagoli, de 55 anos, na missão de dar uma volta completa na Ilha de Santa Catarina em caiaques individuais para divulgar o esporte e, principalmente, conscientizar população e boa parte dos turistas sobre a importância de preservar o meio ambiente.

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Eles colocam os caiaques no mar a partir da manhã de segunda-feira. O ponto de partida é na Praia da Daniela, que fica atrás do centro histórico de São José, na Grande Florianópolis. O objetivo do trio é remar seis horas diariamente e, nas paradas para descanso e lanche, conversar com o maior número de pessoas para alertar sobre a necessidade de não jogar lixo nas praias e no mar.

– Esse nosso projeto e também a vontade surgiram através de um longo tempo. Víamos que as pessoas não têm mais a mesma consciência sobre o meio ambiente e isso mexeu conosco.

Entendemos que, além de praticar um esporte que gostamos, também podemos divulgar para quem utiliza a natureza como lazer importância da preservação ambiental – falou Giliarde.

O percurso está previsto para durar 11 dias em um total de 170 km entre a partida e a chegada. A duração, porém, pode ser alterada. Isso vai depender das condições de clima e de mar encontradas ao longo do trajeto. A ideia, porém, é que o trio volte em 18 de janeiro à praia atrás do centro histórico de São José.

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– A primeira volta à Ilha foi em 1991, quando fizemos uma volta à Ilha para conscientização dos mangues e contra a pesca predatória. Durou 21 dias, porque só pegamos mar grande. Tivemos que dormir alguns dias em ilhas pelo caminho, pois as águas estavam muito agitada e sem condições de navegação. Dois anos depois, em 1993, repetimos a expedição. A gente fez um artigo em defesa das baleias, pois os coreanos matavam as baleias a 35 milhas da costa brasileira. E isso foi decretado e virou a Lei 7.643 – contou Silvano.

Giliarde, Luciano e Silvano ainda vão vistoriar algumas das principais trilhas que cruzam a Ilha de Santa Catarina e que no período de verão recebem inúmeros turistas. A ideia do trio ainda é observar nascentes, manguezais e rios. A atenção com pesca predatória em alto mar é outro ponto importante e que será abordado, pois isso dificulta o trabalho do pescador artesanal. Uma missão que contempla à prática do esporte, sem deixar de lado o que de melhor a natureza tem a oferecer.