Cerca de 30 mil ovos de tartaruga foram encontrados enterrados em propriedades rurais da localidade de Capão Seco, no interior de Rio Grande, zona sul do Estado. De acordo com a polícia, os adultos da espécie tartaruga-tigre-d’água provavelmente seriam vendidos – de forma ilegal – para petshops de todo o País e também do exterior.

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A operação deflagrada pelo Batalhão Ambiental da Brigada Militar apreendeu os ovos em seis propriedades rurais, cujos donos ainda não foram localizados. Eles serão convocados a prestar esclarecimentos sobre os criadouros clandestinos.

Em uma prática de crime ambiental já comum no sul do Estado, os ovos da única espécie de tartaruga da região são retirados de seu habitat natural, às margens do Canal São Gonçalo e da Lagoa dos Patos, e colocados sob a terra, dentro de caixas de argila. Em 120 dias, elas eclodem dos ovos e são vendidas no “mercado negro”, cada uma, a preço médio de R$ 150.

A pena para o tráfico de animais varia de seis meses a um ano de prisão e a multa pode chegar a R$ 500 por animal apreendido. Embora seja frequente no nordeste do Brasil, não se tem indicações de que, no Rio Grande do Sul, os animais fossem ser utilizados na indústria cosmética. Os ovos e as tartarugas foram enviados ao Núcleo de Reabilitação da Fauna Silvestre da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

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