O ministro Paulo Guedes encaminhou para o Congresso uma proposta de reforma tributária que sugere uma taxação de 12% sobre livros. Atualmente a produção de material para leitura é imune de tributos, com intuito de tornar o acesso à cultura mais fácil.

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Se aprovado o Projeto de Lei 3887/2020, os livros irão se tornar ainda mais caros e inacessíveis para grande parte da população, o que já é uma realidade. Um dos argumentos utilizados por Guedes para a nova tributação é de que o livro é produto de “elite”. A questão repercutiu na internet e vários internautas se pronunciaram a respeito da reforma proposta por Guedes.

Várias hastags surgiram em defesa da não tributação dos livros e um abaixo-assinado já reúne quase 500 mil assinaturas.

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O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, por meio de sua Comissão de Cultura e Arte,  publicou uma nota de repúdio à proposta de reforma tributária.

“Com esse aumento no tributo, restará inviabilizado o trabalho de muitas editoras, autores, artistas gráficos, ilustradores, livrarias e toda a cadeia produtiva. Além disso, irá diminuir, ainda mais, o acesso à cultura e à educação em um país com tantas desigualdades. Aumentar o preço dos livros é trancar as portas da oportunidade, em que o povo brasileiro pode alcançar uma vida digna por meio do estudo e da educação de qualidade. É o caminho do subdesenvolvimento. Nas palavras de Monteiro Lobato, ´um país se faz com homens e livros´.”

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