Os quatro professores universitários turcos que compareceram nesta sexta-feira ante a justiça por “propaganda terrorista” após assinarem uma petição foram colocados em liberdade, mas o processo movido contra eles poderia continuar em relação a novas acusações, informou à AFP uma advogada.
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Os quatro intelectuais não foram absolvidos, mas apenas colocados em liberdades à espera de possíveis acusações “nos termos do artigo 301 do código penal”, relativo aos insultos à Turquia e às instituições turcas, que precisam da aprovação do ministro da Justiça, acrescentou a advogada Benan Molu.
Detidos há um mês, os quatro professores assinaram uma “petição para a paz” que denuncia os “massacres” cometidos pelas forças de segurança turcas durante operações realizadas contra os rebeldes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) em várias cidades sob toque de recolher.
Em janeiro, mais de 1.200 intelectuais turcos e estrangeiros assinaram esta petição, desencadeando a fúria do presidente conservador-islâmico Recep Tayyip Erdogan, que prometeu que as pessoas que assinaram a petição pagaria por sua “traição”.
* AFP
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