Um juiz do Tribunal Supremo espanhol comanda diretamente a partir desta sexta-feira (24) as diligências contra os líderes catalães, acusados de “rebelião”, entre eles o ex-presidente regional, Carles Puigdemont.
Continua depois da publicidade
O juiz Pablo Llarena acordou “ampliar a investigação” e declarar “sua competência para conhecer a responsabilidade penal do ex-president de la Generalitat de Catalunya (o presidente catalão), Carles Puigdemont, os 13 ex-consellers (conselheiros regionais)”, explicou em um comunicado oficial.
Igualmente, o magistrado da máxima instância penal espanhola se encarregará de casos que envolvem respectivamente o presidente da associação Assembleia Nacional Catalã (ANC), Jordi Sánchez, e da Òmnium Cultural, Jordi Cuixart, detidos preventivamente.
Puigdemont e os demais acusados são investigados por acusações como rebelião ou sedição, que podem resultar em penas de até 30 anos de prisão.
Continua depois da publicidade
O governo catalão foi destituído pelo presidente do governo central, Mariano Rajoy, após receber a autorização excepcional do Senado para intervir na autonomia da região, em 27 de outubro.
A decisão de juntar todos os casos se deve “à conexão material incindível da natureza dos fatos que estão sendo investigados”.
Puigdemont e quatro de seus conselheiros decidiram se instalar na Bélgica, onde a Justiça deve se pronunciar sobre uma ordem de prisão internacional, solicitada pela Espanha.
Continua depois da publicidade
Parte das diligências judiciais estava nas mãos da Audiência Nacional, que poderá continuar investigando o ex-chefe dos Mossos d’Esquadra, a polícia regional catalã, Josep Lluis Trapero, entre outros.
Llanera, um juiz familiarizado com a Catalunha, visto que residiu vários anos nesta região, assume “a parte da causa relativa ao governo suspenso e aos encarregados da ANC e da Omnium, que fica incorporada à que já se segue contra a presidente do Parlament (Legislativo catalão), Carme Forcadell, e outros 5 membros da Mesa”.
“A unificação do procedimento tem uma finalidade funcional, concretizada na facilitação do trâmite” do caso, justificou o auto do Tribunal Supremo.
Continua depois da publicidade
A partir dos autos do juiz Llarena, ficam sob investigação do Supremo um total de 22 pessoas em relação aos acontecimentos na Catalunha desde a realização do referendo de independência de 1º de outubro, considerado inconstitucional.
Llaneras já tinha aberto investigações contra seis parlamentares catalães, cinco dos quais ficaram em liberdade sob caução.
A Catalunha celebrará eleições regionais em 21 de dezembro, nas quais os separatistas voltam a ser apontados como favoritos.
Continua depois da publicidade
* AFP