Um tribunal russo ordenou nesta quinta-feira que cinco ativistas do Greenpeace, dos 30 acusados de pirataria por protestar contra o gigante do gás Gazprom no Ártico, permaneçam detidos preventivamente durante dois meses.

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O Greenpeace indicou em sua conta no Twitter que o ativista polonês Tomasz Dziemianczuk, assim como o neozelandês David John Haussmann, o canadense Paul Douglas Ruzycki e Roman Dolgov permanecerão detidos por dois meses.

Denis Sinyakov, fotógrafo que trabalha para o Greenpeace, foi o primeiro ativista a ouvir a decisão do tribunal da cidade de Murmansk, norte da Rússia. O tribunal interroga individualmente os ativistas. Abaixo, foto de Sinyakov flagra ação da guarda-costeira russa contra ativistas.

Guarda-costeira russa aborda ativistas que tentavam escalar plataforma de petróleo no mar de Pechora

Foto: Denis Snyakov, Greenpeace

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Sinyakov, que já trabalhou para o escritório da AFP em Moscou, permanecerá em detenção por dois meses, até 24 de novembro, informou o Greenpeace Rússia no Twitter.

Segundo a agência Interfax, Sinyakov insistiu durante a audiência que apenas fotografou a ação do Greenpeace e que não participou no protesto.

O tribunal decidiu mantê-lo em detenção por considerar que o fotógrafo, ao trabalhar para o Greenpeace, viaja com frequência para o exterior e poderia abandonar o país.

Trinta militantes do Greenpeace, incluindo a bióloga gaúcha Ana Paula Maciel, acusados de “pirataria”, crime que pode ser punido com até 15 anos de prisão na Rússia, comparecem nesta quinta-feira ao tribunal, que deve decidir sobre a detenção.

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As forças de segurança russas rebocaram o quebra-gelos “Artic Sunrise”, no qual viajavam os ativistas e que foi controlado na quinta-feira passada por uma unidade militar. A comissão de investigação advertiu que solicitaria o prosseguimento da detenção de todos os ativistas.