O prefeito de Balneário Camboriú, Edson Piriquito (PMDB), e o vice, Cláudio Dalvesco (PR), foram absolvidos nesta segunda-feira no segundo processo de cassação enfrentado pelos dois após as eleições de 2012. A decisão dos juízes do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC) foi unânime, aplicando uma pena de multa individual no valor de R$ 17.735.
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O julgamento analisou a medida cautelar que garantiu a posse dos réus na prefeitura, em janeiro. Em dezembro do ano passado Piriquito e Dalvesco tinham sido cassados pela Justiça Eleitoral do município, mas puderam ser diplomados em razão desta cautelar, expedida pelo próprio TRE.
As acusações eram de abuso de poder político, econômico e de meios de comunicação. Entre os itens do processo constam a pintura de móveis e imóveis públicos na cor verde (característica da campanha de Piriquito) e a colocação de placas publicitárias ao governo em período proibido pela Justiça Eleitoral, o que caracterizaria promoção política em obras e investimentos do governo.
A coligação adversária, que entrou com a ação contra Piriquito, ainda pode recorrer da decisão no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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– Já esperávamos esse resultado, porque há um vácuo na legislação, que não fala nada sobre o uso das cores – afirma o doutor Ciro Amâncio, advogado da coligação de Piriquito.
Discussão
O julgamento de Piriquito e Dalvesco abriu a pauta da sessão plenária do TRE segunda-feira à tarde. A defesa dos réus usou a palavra primeiro, destacando pontos para a absolvição dos políticos.
Entre as questões levantadas, os advogados apontaram que a troca de lixeiras azuis por verdes teve a intenção de fortalecer a consciência ambiental, e ponderaram que nenhuma cor teria potencialidade de influenciar uma eleição. Por fim, houve pedido para que fosse aplicada, no máximo, uma multa, descartando uma cassação diante dos fatos.
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