Um tribunal da Grécia condenou a um ano de prisão em regime condicional o pastor protestante irlandês Cornelius Neil Horan, que agrediu o brasileiro Vanderlei Cordeiro de Lima durante a maratona dos Jogos Olímpicos de Atenas. Após pagar 3 mil euros, Horan foi solto e somente será detido se cometer outro delito na Grécia nos próximos três anos. O irlandês de 57 anos poderia ter sido condenado a uma pena máxima de cinco anos de prisão.
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Não foi a primeira vez que Cornelius Horan atrapalhou o andamento de uma competição esportiva. No ano passado, o fanático invadiu a pista do circuito de Silverstone durante a realização do GP da Inglaterra.
No mesmo dia em que Horan foi liberado, o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, afirmou que vai enviar um carta à Federação Internacional de Atletismo (Iaaf) solicitando que entidade conceda a Vanderlei Cordeiro de Lima a medalha de ouro.
– Não queremos tirar o ouro do italiano. Mas o Vanderlei não pode ser penalizado – disse Nuzman, que criticou a organização dos Jogos. – Não é admissível que o líder da prova não estivesse protegido por dois batedores. Não podemos garantir que o Vanderlei iria ganhar a prova, mas ele foi visivelmente prejudicado na disputa – completou.
A IAAF negou no domingo um protesto feito pelo COB e pela Confederação Brasileira de Atletismo.
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– Inicialmente, vamos mandar uma carta à IAAF dando a entidade a oportunidade de reconhecer o erro ao negar o protesto em favor do atleta. Esperamos que, de cabeça mais fria, eles revejam a decisão – disse Nuzman.
Caso a entidade não aceite os argumentos, o COB pretende recorrer ao Tribunal Arbitral do Esporte, sediado em Lausanne (Suíça).
As informações são da Globo Online.