O Tribunal de Contas espanhol exigiu, nesta terça-feira (13), o embargo da casa do ex-presidente catalão, Artur Mas, para cobrir os gastos gerados pelo referendo de independência não vinculante que seu governo organizou em 2014.
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Em setembro, o tribunal tinha ordenado a Mas e outros oito dirigentes catalães o pagamento de 4,8 milhões de euros, com juros de 400 mil euros, para cobrir o gasto de dinheiro público originado pela consulta, que foi declarada ilegal pelo Tribunal Constitucional.
Até agora, só foram pagos 2,9 milhões de euros, o que levou o tribunal a ordenar o embargo dos bens que tinham posto como garantia, disse uma porta-voz do tribunal.
Além da casa de Mas em Barcelona, o tribunal exigiu a apreensão de bens imobiliários do ex-porta-voz do governo catalão, Francesc Homs, em Taradell, perto da capital catalã.
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Também foram apreendidas as propriedades de três ex-ministros regionais do governo de Mas.
Artur Mas, presidente de Catalunha entre 2010 e 2016, disse que a ordem de devolver os custos do referendo de 2014 carece de “qualquer tipo de base legal” e tem como objetivo tentar intimidar os separatistas.
Seu sucessor, Carles Puigdemont, também realizou um referendo de independência proibido pelo Tribunal Constitucional, em 1 de outubro, e sofreu um violenta repressão policial durante a votação.
O resultado levou o Parlamento catalão a declarar independência em 27 de outubro. Mais tarde, o governo espanhol de Mariano Rajoy destituiu o de Puigdemont, suspendeu a autonomia da Catalunha e convocou eleições antecipadas na região para 21 de dezembro.
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* AFP