Denunciado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) por homicídio doloso, Agnaldo Goes foi condenado a sete anos de prisão em regime semiaberto pela morte de Jiliardi Igor de Mira, atropelado enquanto andava de bicicleta pela BR-280. A condenação foi decidida pelo Tribunal do Júri nesta quinta-feira (11).

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Conforme o MP, o réu dirigia embriagado e, atropelou e matou o ciclista de 20 anos em maio de 2000. O Ministério Público estuda recorrer da sentença com objetivo de aumentar a pena aplicada. No julgamento, os jurados, assim como a denúncia do MP, entenderam que Agnaldo Goes assumiu o risco de atropelar e matar a vítima, devendo responder por homicídio doloso (quando há intenção de matar).

A denúncia

A denúncia da 1ª Promotoria de Justiça de Comarca de Araquari relata que o réu conduzia uma caminhonete embriagado e ultrapassava outros veículos pelo acostamento da Rodovia BR-280 em alta velocidade, quando atropelou Jiliardi.

De acordo com o Ministério Público, após o atropelamento o motorista fugiu, mas acabou sendo preso em flagrante em seguida. Na época, o crime gerou um forte clamor popular, a ponto de a população realizar protestos com o trancamento da rodovia e queima de pneus.

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Depois da condenação, o Promotor de Justiça Leandro Garcia Machado afirmou: “a condenação de Agnaldo Goes não devolverá a vida brutalmente tirada de Jiliardi, mas representa um mínimo de conforto para os seus familiares e amigos e serve de alerta para que as pessoas sejam mais responsáveis na condução de veículos e zelem pela segurança de todos no trânsito”.

A defesa

AN entrou em contato com o advogado Adir Martins, responsável pela defesa de Agnaldo Goes. De acordo com ele, Agnaldo é réu confesso no caso, no entanto deveria responder por crime culposo (quando não há intenção de matar), diferente do entender do Ministério Público. A defesa aguarda ainda se haverá ou não recurso do MPSC quanto a condenação e informou que também espera a decisão do magistrado responsável quanto a análise da prescrição do caso, uma vez que o fato ocorreu há mais de 18 anos.