Um tribunal de Bogotá declarou nesta sexta-feira ilegal a greve dos pilotos da Avianca, que em duas semanas afetou mais de 318.000 passageiros, comprometendo um serviço essencial protegido pela legislação colombiana.

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“Deve-se declarar a ilegalidade com relação à cessação de atividades”, disse o magistrado Eduardo Carvajalino, ao dar razão à companhia, que argumentou que a lei impede paralisar um “serviço público essencial” com o transporte aéreo.

Esta sentença de primeira instância, da qual os pilotos apelaram, não implica que eles devam “retomar seus trabalhos ordinários” de imediato porque ainda há outros recursos interpostos, explicou Iván Daniel Jaramillo, diretor do Observatório Trabalhista da Universidade de Rosário.

“A decisão não é definitiva”, disse à AFP Jaramillo, explicando que agora a Suprema Corte da Justiça deverá reavaliar a sentença.

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O magistrado afirmou que para ter declarado a greve, que entrou em vigor em 20 de setembro, os pilotos deveriam contar com o apoio majoritário de todos os funcionários da companhia.

A greve foi convocada apenas pela Associação Colombiana de Aviadores Civis (ACDAC), que reúne 700 dos 1.388 pilotos da Avianca e reivindica melhorias salariais e de segurança aérea.

A Avianca tem no total 8.500 trabalhadores na Colômbia, onde controla 60% do mercado interno. A companhia afirma que perde diariamente 2,5 milhões de dólares com a greve.

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* AFP