Três jovens yanomamis foram mortos por garimpeiros dentro da terra indígena, na região do Homoxi. A principal suspeita, segundo o líder Júnior Hekurari Yanomami, que acompanha as ações no território para conter à crise humanitária, é de que os garimpeiros em fuga teriam assassinado os jovens. As informações são do g1.

Continua depois da publicidade

Receba as principais notícias de Santa Catarina pelo Whatsapp

Os grupos começaram a fugir pela mata depois que aeronaves clandestinas se recusaram a entrar na região após o início das ações de repressão à atividade clandestina. Na região de Homoxi há forte presença dos invasores — inclusive, no ano passado, eles tomaram a pista de pouso da localidade.

A informação sobre os assassinatos foram repassadas ao líder por indígenas das regiões Haxiu e Waphuta. 

— Recebi informações das comunidades do Haxiu e Waphuta de que os garimpeiros mataram três jovens. Estamos muito preocupados. Hoje, sobrevoamos com a ministra onde tiveram as mortes. Têm muitos garimpeiros e helicópteros voando em cima. Nós ficamos muito preocupados . As comunidades querem ir lá para buscar esses corpos. Nós comunicamos a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e a Funai para apoiar no resgate desses corpos que estão no Homoxi — disse a ministra dos Povo Indígenas, Sônia Guajajara, que esteve no território. 

Continua depois da publicidade

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou nesta segunda-feira (6) que pediu reforço das forças de segurança federais para retirar garimpeiros ilegais de terras indígenas, incluindo as áreas dos yanomamis. Dino disse, ainda, que espera que a saída ocorra “em paz e sem conflitos”.

Leia também

Crianças Yanomamis com desnutrição severa e malária são resgatadas em estado grave

Bolsonaro omite dados e chama descaso com yanomamis de ‘farsa da esquerda’

Ministério de Lula aponta 23 casos de omissão do governo Bolsonaro sobre yanomamis