Está confirmado que os três taxistas assassinados na madrugada deste sábado em Porto Alegre foram mortos pela mesma arma calibre 22 e, provavelmente, pela mesma pessoa. A informação foi divulgada pelo secretário da Segurança Pública, Airton Michels, após reunião com representantes da categoria no Palácio da Polícia por volta da 1h30min deste domingo.

Continua depois da publicidade

– A polícia trabalhou o dia inteiro, o IGP (Instituto Geral de Perícias) está direto tocando todas as provas periciais. Isso tem uma prioridade absoluta da segurança pública porque realmente é um evento deplorável, inédito. Estamos dedicando todas as possibilidades de investigação em cima deste fato – disse Michels a ZH, descartando que teriam ocorrido outras mortes no sábado, como circulou entre taxistas.

Enquanto o secretário, o chefe da Polícia Civil, delegado Ranolfo Vieira Júnior, e o comandante-geral da Brigada Militar, coronel Fábio Duarte Fernandes, conversavam com os mesmos representantes que se reuniram com o governador Tarso Genro, taxistas trancaram a Avenida Ipiranga nos dois sentidos em protesto. Mais tarde, outras vias da região, como a Erico Verissimo, também foram bloqueadas.

Veja como foi a reunião entre cúpula da Segurança estadual e taxistas

Continua depois da publicidade

A sequência de crimes começou antes das 2h de sábado. À 1h50min, o corpo de Edson Roberto Loureiro Borges foi localizado na Rua dos Nautas, na Vila Ipiranga. O veículo, Voyage, só foi achado por volta das 11h na Rua Pedro Santa Helena, no bairro Jardim do Salso, o que ajudou a confirmar a profissão da vítima.

Pouco mais de meia hora depois, o taxista Eduardo Ferreira Haas foi encontrado morto com marcas de tiro na cabeça na Rua São Jerônimo, no bairro Passo da Areia. O carro foi localizado às 8h na Rua Mata Bacelar, no bairro Auxiliadora, com manchas de sangue no banco traseiro. O rádio do carro e documentos desapareceram.

No terceiro caso, o corpo Cláudio Gomes foi achado ao lado do táxi às 3h20min no bairro Mario Quintana. Conforme o delegado Odival Soares, o dinheiro da carteira do taxista sumiu, indicativo que reforça a linha de investigação sobre assalto.