Quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos e três pessoas foram presas temporariamente nesta quarta-feira na Operação Acuti, da Polícia Federal, que busca acabar com esquemas ilegais de derrubada, venda e transporte de madeira da região amazônica em cidades de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Pará.

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Duas pessoas foram presas em Marabá (PA) – sendo uma delas catarinense – e outra em Três Cachoeiras (RS), mas a identidade de todos e o local onde estão detidos é mantido em sigilo pela Polícia Federal.

Um homem foi ouvido em Florianópolis, mas liberado. Ele era suspeito de intermediar negociações de madeira entre Pará e Santa Catarina.

A ação mobilizou 34 agentes, além de fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Em Três Cachoeiras (RS), Marabá (PA), Sombrio e Jacinto Machado, no Sul de Santa Catarina, foram apreendidos documentos de origem florestal, notas fiscais e guias florestais como indícios de falsificação. Também foram apreendidos dois caminhões, usados no transporte da madeira, e 100 metros cúbicos de castanheira beneficiada.

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A Polícia Federal explica que essas madeireiras são suspeitas de receber o material extraído do Pará, beneficiar e entregar a fábricas de carrocerias em Três Cachoeiras (RS), onde essa é a atividade predominante.

– Eles transportavam castanheira com nota fiscal, usando nomes de madeiras que têm o corte permitido. Tal procedimento levava em conta que, caso fosse parados em uma barreira, o fiscal não teria conhecimento técnico para identificar corretamente – afirmou o delegado regional executivo da PF do Rio Grande do Sul, José Antônio Dornelles de Oliveira.

O esquema irregular é investigado há dois anos e partiu das informações coletadas por duas operações do Ibama denominadas Guardiões e Jugular. Nessas ações, os técnicos do instituto mapearam o modo operacional e os nomes dos principais infratores.

De acordo com o delegado da Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico da PF, Alexandre Quevedo Ribeiro, as provas do crime foram coletadas a partir de escutas telefônicas dos suspeitos, com autorização da Justiça Federal.

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