Pelo menos três obras públicas que estão prontas há meses ou até anos em Santa Catarina, ainda não estão em funcionamento. A apuração foi apresentada em reportagem veiculada na noite do domingo, dia 11, no Estúdio SC da RBS TV. As restrições para liberação das obras em Biguaçu, Jaguaruna e Laguna, foram feitas pelo Judiciário, que considerou as unidades inadequadas para funcionamento.

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De acordo com a reportagem o Hospital Regional de Biguaçu, pronto há três anos e que custou R$ 24 milhões, deverá passar por reformas mesmo antes de receber pacientes. O problema surgiu quando os trabalhos estavam praticamente prontos. A Vigilância Sanitária de SC interditou a obra por não ter recebido o pré-projeto antes do começo dos trabalhos.

Segundo a diretora da Vigilância, Raquel Bittencourt, existem ambientes com sistema de fluxo inadequados entre uma série de problemas de grande complexidade e de pequena para ser resolvidos. O projeto de adequação foi aprovado pela Vigilância Sanitária e a reforma deveria custar em torno de R$ 3 milhões, mas as obras foram suspensas pelo Tribunal de Contas do Estado que encontrou irregularidades no edital de licitação e o processo foi suspenso.

De acordo com o secretário de Saúde de Biguaçu, Leandro de Barros, já que o processo do TCE levaria de dois a três meses, o município anulou o edital e reiniciou um novo, com as exigências do Tribunal. Segundo Barros, se tudo correr regularmente, o atendimento no hospital deve começar entre os meses de janeiro e fevereiro.

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Outra obra pronta, apresentada na reportagem, e que ainda não começou atividades é do Aeroporto Humberto Ghizzo Bortoluzzi, em Jaguaruna. O local que tem equipamentos instalados, e está pronto desde setembro de 2012, custou R$ 60 milhões. A operação não foi liberada pelo Tribunal de Contas que fez restrições ao edital de contratação da empresa que vai administrar o aeroporto.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Regional de Tubarão, Estener Soratto Junior, o prazo é de que o aeroporto entre em operação com duas empresas aéreas, de pequeno porte, ainda em 2013.

Ainda no sul do Estado, um restaurante escola em Laguna, que ficou pronto em dezembro de 2012, não está funcionado e já foi alvo de vandalismo. Na construção o Governo Federal, Governo do Estado e a Prefeitura investiram R$ 1,2 milhão.

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O prefeito de Laguna, Everaldo dos Santos, disse que deve fazer uma parceria com a Udesc ou Instituto Federal para colocar o local em prática assim que for inaugurado definitivamente.

No Oeste, o Presídio Regional de Chapecó, que ficou pronto em janeiro deste ano e custou cerca de R$ 9,1 milhões, só começou a receber presos no dia 8 de agosto. Antes de receber os detentos, o local precisou passar por reformas. A pedido do Judiciário, uma das alas teve que ser isolada para receber mulheres.