A trágica morte por intoxicação de uma família de catarinenses dentro de um apartamento em Santiago, no Chile, completa três meses nesta quinta-feira (22). As respostas sobre o que de fato aconteceu ainda são apuradas pelas autoridades chilenas. De acordo com o advogado que representa a família de Biguaçu, Mirivaldo Aquino de Campos, o prazo do inquérito foi prorrogado, podendo levar até mais três meses para ser concluído.

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Morreram na tragédia os catarinenses Fabiano de Souza, 41 anos; a esposa dele, Débora Muniz Nascimento de Souza, 38; os dois filhos do casal, Karoliny Nascimento de Souza, 14 anos, e Felipe Nascimento de Souza, 13; além de Jonathas Nascimento Kruger, 30 anos, irmão de Débora. A mulher de Jonathas, Adriane Krueger, do Mato Grosso, também morreu.

As investigações estão a cargo da Polícia de Investigação do Chile, que busca saber o que provocou o vazamento de gás dentro do apartamento onde os seis brasileiros estavam hospedados. Por e-mail, a reportagem questionou a Polícia de Investigação chilena sobre o andamento das investigações, mas não recebeu retorno até o momento.

O advogado Mirivaldo Aquino de Campos afirmou que acompanha as investigações no país chileno com o apoio de um escritório de advocacia de Santiago. Inicialmente, ele acreditava que o inquérito do caso seria concluído quando as mortes completaram dois meses, em julho passado.

— Com a prorrogação do inquérito, prevemos que a conclusão saia em mais ou menos três meses, já que o prazo médio para investigações como essa no Chile é de seis meses — comenta o advogado.

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O que se sabe até agora é que a família morreu por intoxicação de monóxido de carbono, gás altamente tóxico proveniente da combustão incompleta. A causa foi apontada pelo laudo cadavérico. Uma das hipóteses da polícia é que o monóxido de carbono tenha vazado do aquecedor de água instalado no apartamento locado pela família.

Negociação com Airbnb

O advogado Mirivaldo Aquino de Campos também disse que a família aguarda a finalização do inquérito no Chile para decidir sobre a negociação de possível indenização com o Airbnb, empresa que locou o apartamento para os catarinenses.

— A negociação pode acontecer, tenho me reunido com representantes da empresa, mas ainda não chegamos a um consenso. Estamos esperando a conclusão do inquérito.

Em nota enviada pela assessoria de imprensa, o Airbnb informou que tem prestado toda a assistência necessária às famílias das vítimas, mas não respondeu ao questionamento da reportagem sobre as indenizações.

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A empresa também afirmou que tem reforçado aos anfitriões a importância da instalação de detectores de fumaça e de monóxido de carbono em suas casas, e que os itens podem ser adquiridos gratuitamente após solicitação na plataforma.

prédio Chile
Prédio no Centro de Santiago onde a família foi encontrada morta (Foto: Mateus Castro / NSC TV)

Relembre o caso

Os seis brasileiros de uma mesma família, cinco deles de Biguaçu, na Grande Florianópolis, foram encontrados mortos dentro de um apartamento na região central de Santiago, capital do Chile. Eles tinham viajado ao país para comemorar o aniversário de 15 anos de uma das vítimas.

Morreram na tragédia Fabiano de Souza, Débora Muniz Nascimento de Souza, Karoliny Nascimento de Souza, Felipe Nascimento de Souza, Jonathas Nascimento Kruger e Adriane Krueger.

Leia a nota do Airbnb na íntegra:

"O Airbnb tem prestado toda a assistência necessária às famílias das vítimas. Além disso, temos reforçado aos anfitriões a importância da instalação de detectores de fumaça e de monóxido de carbono em suas casas, os quais podem ser adquiridos gratuitamente após solicitação na plataforma. Segurança é a maior prioridade para o Airbnb".

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