Três membros do grupo armado ligado à oposição armênia que ocupa há 12 dias uma delegacia de Erevan e mantém reféns, foram feridos nesta sexta-feira em uma troca de tiros, anunciou a polícia.

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Dois dos supostos sequestradores foram feridos quando a polícia respondeu aos tiros que partiram no interior do edifício, informou no Facebook o porta-voz da polícia, Ashot Aharonyan.

Dois desses homens foram hospitalizados. O terceiro, Araik Handoyan, conhecido como “Lone Wolf”, havia sido ferido horas antes, mas rejeitou ser hospitalizado, de acordo com a mesma fonte.

Um grupo de homens armados vinculados a um opositor detido, Jirair Sefilian, invadiu em 17 de julho o edifício, matando um agente e ferindo outros dois. Dois reféns foram libertados no mesmo dia e outros dois na segunda-feira.

Entre os reféns que seguem bloqueados no edifício há dois funcionários de alto escalão, o vice-delegado da polícia nacional, Vardan Egiazaryan, e o vice-chefe da polícia de Erevan, Valeri Osipyan.

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Os sequestradores, que se apoderaram de um grande arsenal da polícia, pediram que os armênios saíssem às ruas para apoiar suas demandas, especialmente a renúncia do presidente Serzh Sargsian.

Sefilian, líder de um pequeno grupo de oposição, e seis de seus partidários foram detidos em junho, acusados pelas autoridades de estar se preparando para se apoderar de vários edifícios públicos e de telecomunicações em Erevan.

Crítico feroz do governo, Sefilian já foi detido em 2006 durante 18 meses depois de ter feito um apelo a “derrubar o governo através da violência”. No ano passado voltou a ser preso, junto a vários de seus partidários, por suspeitas de preparação de golpe de Estado, mas foi libertado pouco depois.

De origem armênia, Sefilian nasceu no Líbano, onde combateu durante a guerra civil dos anos 1980. Depois viajou à Armênia para participar da guerra contra o Azerbaijão pelo controle da disputada região de Nagorno Karabakh.

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O presidente Sargsian, ex-militar, foi eleito em 2008 e sua eleição, questionada pela oposição, provocou um surto de violência que deixou 10 mortos.

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