Três jornalistas espanhóis desapareceram na zona de Aleppo, no noroeste da Síria, informou a presidente da Federação de Associações de Jornalistas da Espanha (Fape), Elsa González.
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– No momento, só podemos falar de desaparecimento, não se pode constatar que tenham sido sequestrados – afirmou González à televisão pública espanhola, depois de identificar os desaparecidos como Antonio Pampliega, Ángel Sastre e José Manuel López.
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– Estamos cientes da situação – indicou o ministério das Relações Exteriores, que afirmou estar “trabalhando no caso”.
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– Há nove dias que seu paradeiro é desconhecido – indicou González, que explicou que os jornalistas “entraram na Síria a partir do sul da Turquia no dia 10 e que não há nenhuma notícia deles desde o dia 12 de julho”.
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Os três trabalhavam, entre outros meios de comunicação, para os jornais espanhóis La Razón e ABC, que foi o primeiro a soar o alarme sobre o desaparecimento nesta terça-feira.
Pampliega, nascido em 1982, trabalhou em lugares como o Iraque, Líbano, Paquistão, Egito, Afeganistão, Haiti, Síria e Sudão do Sul para diferentes meios de comunicação de vários países. Ele também contribuiu até 2013 para a cobertura escrita da AFP sobre a guerra na Síria.
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Lopez, nascido em 1971, também contribuiu para a cobertura fotográfica feita pela AFP em vários conflitos, incluindo na Síria, até 2013. Depois de iniciar a carreira em um jornal de Leon (norte da Espanha), Lopez decidiu trabalhar como freelancer cobrindo conflitos no Afeganistão, Iraque e Haiti, entre outros.
Ángel Sastre, de 35 anos, trabalhou por vários anos na América Latina, onde realizou trabalhos sobre as prisões de El Salvador ou o trem conhecido como La Bestia, que cruza o México e é utilizado por muitos imigrantes que tentam chegar aos Estados Unidos.
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Os três estavam trabalhando na região de Aleppo. A Síria é, atualmente, segundo um relatório da organização Repórteres Sem Fronteiras, o país mais perigoso para os jornalistas.
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*AFP