Joinville amanheceu debaixo de tanta água nesta quinta-feira que cada estimativa dos prejuízos acabou logo superada pela confirmação de novos estragos. Foi como se a cidade tivesse sido castigada por dez dias de chuva em apenas três horas. Isto porque a precipitação registrada no intervalo de apenas 180 minutos alcançou 50 milímetros, praticamente um terço da média esperada para outubro inteiro.
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Acompanhe a situação do trânsito em Joinville
Jefferson Saavedra: 13,5 mil unidades ficam sem luz na manhã desta quinta-feira em Joinville
Chuva persiste e quinta-feira tem alerta para temporal, granizo e deslizamentos Chuva causa alagamentos e transtornos no Norte de Santa Catarina
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O terminal central de ônibus ficou isolado entre a manhã e o começo da tarde desta quinta. Passageiros tiveram de ser resgatados de barco pelos bombeiros e o vaivém de parte das linhas acabou desviado para áreas não atingidas até as 14h30.
Teve lojista que preferiu nem abrir as portas pela manhã, enquanto outros corriam para impedir a entrada da água ou já trabalhavam na limpeza do que foi atingido.
Ruas do Centro formaram um labirinto entre áreas caminháveis e inundadas até o início da tarde. Quase todo o poder público sentiu o abalo do temporal: escolas municipais e estaduais dispensaram os alunos, unidades de saúde suspenderam os atendimentos, museus não abriram e o expediente no Fórum teve de ser cancelado.
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Funcionários do postinho do Floresta chegaram a erguer os móveis, enquanto os médicos sequer conseguiram ir trabalhar. Casos parecidos se repetiram em outros postinhos. Ao menos 13,5 mil unidades consumidoras ficaram sem energia pela manhã – a maior parte já normalizada.
Deslizamentos, quedas de muros, árvores e alagamentos dividiram as atenções da Defesa Civil ao longo do dia. Na Estrada dos Portugueses, no Vila Nova, uma pessoa ilhada dentro de casa teve de ser retirada com a ajuda dos bombeiros, mas não houve registro de feridos.
À tarde, o tempo deu uma trégua e o aguaceiro já havia baixado na maior parte da cidade. As paisagens do Centro, transformadas algumas horas antes, ficaram mais próximas da normalidade. Mal daria para acreditar, se já não fosse típico de Joinville.
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Bairros mais atingidos:
Centro
Profipo
Ulysses Guimarães
Parque Guarani
Boa Vista;
Atiradores
Bucarein
Anita Garibaldi
Vila Nova
Nova Brasília
Floresta
Itaum
Santa Catarina
PRECIPITAÇÃO
A estação de monitoramento central da Prefeitura registrou 145 milímetros de precipitação das 3h30 até o começo da tarde desta quinta. Cerca de 50 milímetros foram registrados em apenas três horas.
OCORRÊNCIAS
Foram registradas inundações de residências, queda de muros, deslizamentos e alagamentos de vias. Bombeiros realizaram o resgate aquaviário de pessoas isoladas principalmente na região central e no Vila Nova.
Deslizamentos 13
Queda de Muros 5
Queda de árvores 2
Resgates 5
Imóveis afetados e em avaliação
Dois abrigos ficaram de sobreaviso caso seja necessário o acolhimento de desabrigados, sendo um no bairro Vila Nova (Escola Municipal Valentim João da Rocha) e outro no bairro Jardim Paraíso (Escola Municipal Rosa Maria Berezoski)
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O QUE MUDOU
Aulas na rede estadual e municipal foram canceladas à tarde e à noite
Os museus de Sambaqui, Casa Fritz Alt, de Imigração e Colonização, e a Estação da Memória não abriram
Pelo menos os bairros Costa e Silva e Petrópolis tiveram o abastecimento de água comprometido por danos à rede
Ao menos 11 unidades municipais de saúde tiveram o atendimento completamente ou parcialmente comprometido por problemas relacionados à chuva
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O Fórum de Joinville suspendeu o expediente
O terminal central de ônibus ficou fechado entre 10 e 14h30
*Com colaboração da Redação de AN