Três homens foram condenados a penas que somadas passam de 50 anos de cadeia pela morte do empresário Juvenal Manoel Virgílio, de 65 anos, assassinado em agosto de 2016, no Parque Estadual do Rio Vermelho, em Florianópolis. O julgamento aconteceu na terça-feira (16), no Fórum da Capital. O assassinato de Virgílio teve como motivação uma dívida de aluguel cobrada na Justiça. Foram condenados o mandante do crime, o atirador e outro que atraiu a vítima ao local da emboscada.

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O mandante foi condenado a 19 anos e 20 dias de reclusão; o responsável por atrair a vítima pegou 18 anos e oito meses de reclusão e o autor dos disparos mais 18 anos e oito meses, todos no regime fechado, sem o direito de recorrer em liberdade. O quarto homem foi absolvido pelo Conselho de Sentença, porque não havia prova suficiente para a sua condenação. A sessão foi presidida pelo juiz Renato Mastella. O mandante foi sentenciado pelas qualificadoras do motivo torpe e por impossibilitar ou dificultar a defesa da vítima, além de ser reincidente pelo crime de receptação.

Já os homens responsáveis pelos disparos e pela emboscada tiveram as qualificadoras pela promessa de recompensa e também por impossibilitar a defesa da vítima. O autor dos tiros já foi condenado por roubo e o terceiro homem também já foi sentenciado por porte ilegal de arma. Com sede de vingança pela sentença judicial que o obrigava a quitar uma dívida com o empresário do ramo imobiliário, o devedor pediu para que um amigo arrumasse os dois homens responsáveis pela execução. O valor acertado foi de R$ 15 mil.

A vítima recebeu, através de uma ligação, proposta de negócio imobiliário e marcou o encontro na Avenida das Torres, em São José. Os dois executores demonstraram interesse em imóveis e na terceira visita renderam o empresário. Os homens levaram a vítima até o Parque Estadual do Rio Vermelho. O empresário foi obrigado a sair do carro e caminhou por 600 metros de uma trilha, até ser atingido por dois disparos de arma de fogo. Os executores também roubaram o veículo e o aparelho celular da vítima. O celular ainda foi utilizado pela esposa de um dos executores.

O mandante realizou o primeiro pagamento no valor de R$ 12 mil. Depois completou o restante com um veículo Fox, sem procedência, que deveria ser vendido por R$ 3 mil. Por meio de interceptação telefônica, os policiais identificaram uma conversa onde um dos executores fala com uma mulher e diz que tinha um dinheiro para receber em função de um homicídio. A sessão, iniciada pouco depois das 9 horas, só foi encerrar às 21 horas de terça-feira (16).

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