Três gerações e uma só paixão. Desta forma, João Carlos da Silva, de 59 anos, transmitiu sua admiração pelo Joinville por gerações. Ele se apaixonou pelo clube dois anos após sair do Exército. Em 1976, celebrou o primeiro título estadual do Joinville sobre o Juventus de Rio do Sul, conquistado no Estádio Olímpico. Foi o início de uma história de amor que seria passada de pai para filho.

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Mas não foi apenas a conquista do octacampeonato catarinense, em 1985, que trouxe alegria à vida de João. Naquele ano, nasceu Gustavo, seu único filho. No colo, o primogênito observou, sem entender, o pai aplaudir o ídolo Nardela e celebrar a conquista do título daquele ano e também em 1987. Farra que deixou de existir por longos 13 anos.

O jejum de títulos parecia algo inexplicável para o então jovem Gustavo, que encarou a fila até o ano 2000 para ver o JEC voltar a ser campeão.

Em 2000, o meia Perdigão foi contratado junto ao Atlético-PR para ajudar a resolver este problema. Virou o ídolo de Gustavo, que estava no Ernestão quando Fabinho deu aquela arrancada inesquecível pelo lado direito e, com um toque sutil, sacramentou o título tricolor.

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Aos 16, o rapaz viu o bicampeonato sobre o Criciúma, no Heriberto Hülse. E, logo depois, viu o time se afundar num marasmo de azar e de fracassos.

– Esta fase foi complicada. Mesmo com o valor simbólico do ingresso, eram poucos os torcedores que iam ao estádio. Eu sempre estava lá. Mesmo ouvindo as provocações de torcedores de equipes adversárias – relata Gustavo.

Este sentimento, Gustavo não quer que o filho, Gustavo Mattos da Silva Filho, o Guga, sinta. Ele nasceu em 2010 e ainda não viu o JEC ser campeão catarinense. A torcida na família é gigantesca para que a fila acabe já neste domingo. E a confiança também é enorme. Eles estiveram na Arena no último domingo e acreditam que o Joinville tem um bom time, capaz de vencer o Figueirense na Capital.

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