O Museu de Arte de Joinville (MAJ) vai oferecer três propostas visuais (e sensoriais) para os espectadores que visitarem o anexo 1 da Cidadela Cultural Antarctica. As exposições “Samba da Caixa Branca”, “Lucia Zarate” e “Narrativas de uma Destruição – parte 7” abrem na noite de nesta terça-feira e ficarão a disposição do público até setembro.

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Os trabalhos são dispostos em ambientes independentes dentro do galpão. A primeira impressão, e recepção, é transmitida pelos arranjos de fitas, tecidos e paetês que compõem as paredes principais do espaço. “Samba na Caixa Branca”, de Luciana Knabben, de Blumenau, colore seus trabalhos sem tintas, apenas usando e abusando desses materiais entrelaçados.

– Ao tecer – com nós – a artista freia o ritmo, uma suspensão que, embora invisível, está na imagem e fulgura nos trabalhos criados a partir de um sólido pensamento pictórico nascido na estética Madame Satã – descreve a curadora Néri Pedroso.

Luciana expôs em Joinville pela primeira vez em 2003, durante o 11º Salão dos Novos, e em 2010 dividiu a mostra “Plano-espaço” com Flavia Duzzo, Karina Zen, Neide Campos, Roberta Tassinari e Sônia Beltrame, também no MAJ.

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Ao completar o trajeto pelo salão principal do galpão, o espectador é convidado a entrar em um pequena dispensa, sem porta, ao centro, onde está a obra de Mariana Franzim, de Londrina (PR), estreante no circuito artístico de Joinville. A disposição de um tecido obriga o visitante a abaixar o tronco – isso se você tiver mais um metro e meio de altura – para conhecer “Lucia Zarate”, título e personagem tiradas das pesquisas da artistas paranaense sobre shows de aberrações.

O trabalho recria um camarim para a artista Lucia Zarate, uma anã mexicana de circo que se apresentava no fim do século 19.

– Além de fotografias dela, reúno imagens e pequenos objetos que me parecem estranhos de alguma forma – conta a artista.

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O som intermitente de objetos sendo quebrados acompanha toda a visita. Seu efeito é visualizado apenas quando o espectador atravessa a cortina preta aos fundos do Anexo 1. Lá está “Narrativas de uma Destruição – parte 7”, de Raquel Ferreira, de Pelotas (RS).

Trata-se de um conjunto de obras – projeção e labirinto – que relacionam o ambiente doméstico como espaço de perda, acúmulo, apego e desapego. Enquanto no vídeo objetos são estilhaçados quando arremessados contra a parede, frases fixadas no chão propõem destinos e conceitos que surgiram durante as pesquisas da artista.

– O visitante pode conferir a exposição e levar para casa um pequeno papel com instruções para que ele pratique o desapego e me encaminhe a sua experiência por e-mail – conta Raquel.

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Antes do lançamento das três exposições, haverá um bate-papo com as artistas. Quem não puder conferir a inauguração nesta terça, pode visitar o local até 2 de setembro, de terça a sexta, das 9 às 17 horas; e aos sábados e domingos, das 12 às 18 horas. Agendamentos para monitoria podem ser feitos pelo (47) 3433-4677, no MAJ.

O QUÊ: bate-papo com artistas e abertura das exposições “Samba na Caixa Branca”, “Lucia Zarate” e “Narrativas de uma Destruição – parte 7”.

QUANDO: terça-feira, a partir das 19 horas. Visitação até 2 de setembro, de terça a sexta-feira, das 9 às 17 horas; e sábados e domingos, das 12 às 18 horas.

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ONDE: anexo 1 da Cidadela Cultural Antarctica, rua 15 de Novembro, 1.383, Joinville.

QUANTO: gratuito.