Os vencedores da terceira edição do programa Eu Empresário têm em comum a dificuldade em gerir o negócio, seja na área financeira ou em um passo seguinte, como preparar a empresa para a expansão. Do microempreendedor individual Maicon Malheiros, que abriu há um ano a empresa de decoração para festas infantis, ao pequeno empresário Elias Godinho, que conquistou os clientes há quatro anos, a expectativa é que a consultoria do Sebrae-SC indique o rumo que a empresa deve seguir para que seja reconhecida no segmento em que atua.
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O gerente de Comunicação e Marketing do Sebrae-SC, Spyros Diamantaras, comenta que as empresas selecionadas possuem dificuldades típicas da permanência no mercado e cumprem os requisitos identificados pela instituição como critério para serem selecionadas: negócios comuns, com problemas que possam servir de espelho para as mais de 40 mil empresas que existem em Santa Catarina.
– As empresas vencedoras não têm um problema único, mas várias dificuldades que coincidem com as de milhares de empreendedores do Estado. Esta característica é interessante para o Sebrae, porque nos dá a possibilidade de atuar em várias áreas, e não apostar em uma única alternativa – até mesmo porque nem todas as resoluções vão resultar em uma mudança imediata.
Edição do programa tem recorde de inscrições
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Diamantaras ressalta a importância do relato dos empresários ao preencherem a ficha de inscrições para o Eu Empresário. Das três edições do programa, a deste ano foi a que contemplou o maior número de empresas interessadas em ganhar 20h de consultoria do Sebrae-SC e a que teve a melhor qualidade das histórias.
– Os problemas das empresas foram bem detectados e isto demonstra que nós estamos chamando a atenção de um público maior. Os empreendedores, em contrapartida, percebem que a qualidade do trabalho exercido no dia a dia tem de ser desdobrada em algumas oportunidades que surgem, como a participação no programa. Eles fizeram um autodiagnóstico das empresas e nos relataram informações bem-estruturadas sobre o que realizam e o que precisam melhorar para permanecer no mercado.
*Com colaboração de Janaina Cavalli
Master Paper (Pequena Empresa)
O que faz: Papelaria e loja de informática
Cidade: Florianópolis
Funcionários: 1
Tempo no mercado: 1 ano
Maior dificuldade: O proprietário Vanderlei Constantini diz que o Sebrae vai poder ajudá-lo principalmente com o controle financeiro da empresa. Ele precisou fazer um empréstimo para comprar a papelaria e agora quer saber o que precisa ser mudado na gestão financeira para que consiga pagar a dívida com o próprio giro do negócio.
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Kid Balão Festas Infantis (Microempreendedor Individual – MEI)
O que faz: Decoração de festas infantis e eventos e locação de brinquedos
Cidade: Porto Belo
Funcionários: 1
Tempo no mercado: 1 ano
Maior dificuldade: Para o dono Maicon Malheiros, o Sebrae poderá ajudá-lo a definir o melhor preço do produto oferecido pela empresa. Também, a mostrar para o público os diferenciais e o valor agregado do serviço.
Delimite (Microempresa)
O que faz: Instalação de redes de proteção e telas mosquiteiras para residências, indústrias e quadras de esportes
Cidade: Joinville
Funcionários: 4
Tempo no mercado: 4 anos
Maior dificuldade: De acordo com o sócio Elias Godinho, três são as dificuldades principais. Primeiro, planejar a expansão da empresa para outras cidades. Depois, saber como controlar o estoque e as vendas nas filiais, sem estar gerenciando as lojas de perto. A empresa precisa também de uma estratégia para encontrar profissionais qualificados no mercado, tornar a empresa atrativa para eles (mesmo que oferecendo um salário menor que o das grandes indústrias) e então reter esses funcionários.
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