O porta-voz do Conselho Nacional Sírio (CNS), Bassma Kodmani, anunciou em Genebra que as informações recebidas do terreno pelo principal grupo de oposição falam de três civis mortos e dezenas de pessoas presas depois da entrada em vigor do cessar-fogo na Síria.

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Os civis foram mortos na região de Hama e dezenas de prisões aconteceram em Aleppo, Homs e Deeraz.

– Observamos com provas que armas pesadas continuam sendo usadas nas zonas povoadas, algumas simplesmente foram relocadas. Também houve o aparecimento de vários pontos de controle adicionais fortemente armados – acrescentou Kodmani.

Bassma Kodmani na coletiva de imprensa em Genebra

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Foto: Fabrice Coffrini, AFP

A primeira morte, informada cerca de oito horas depois do anúncio do cessar-fogo, que ocorreu perto da 0h (horário de Brasília), teria sido cometida pelas forças governamentais sírias, na província de Hama, no centro do país. A denúncia partiu do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), centro de oposição ao regime de Assad.

– Um civil morreu em uma estrada da cidade de Mhardeh, na província de Hama, por disparos efetuados por forças de segurança ou pelos ‘shabbiha'” (milícias leais ao governo) – disse Abdel Tahmane, presidente do OSDH, oito horas depois da entrada em vigor do cessar-fogo.

Volta dos refugiados

O ministério sírio do Interior fez nesta quinta-feira um pedido aos refugiados que fugiram da violência para que retornem ao país, depois da entrada em vigor do cessar-fogo que pretende acabar com os confrontos armados.

– Pedimos aos cidadãos que foram obrigados a abandonar suas casas para regiões no interior do país, ou ainda para países vizinhos, que retornem à Síria – afirma um comunicado do ministério, que pediu também aos sírios “que ignorem a publicidade e as informações enganosas”.

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