A Polícia da Itália prendeu na tarde da última quinta-feira três catarinenses suspeitos de participação em um esquema de cidadania ilegal na Europa. De acordo com as investigações, os detidos teriam ajudado ao menos 500 brasileiros a obterem visto italiano de maneira irregular, utilizando a empresa que possuem na Itália. O dono da companhia, a esposa e o irmão dele foram presos na cidade de Augusta, no Sul da Itália. Outros quatro funcionários públicos locais também foram detidos.
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As informações foram divulgadas pelo Bom Dia Santa Catarina. Cleber Zanatta, de 43 anos, é dono de uma assessoria para brasileiros na Itália e foi preso em casa e levado para um presídio. A mulher dele e funcionária da empresa, Sabrina dos Santos, 32 anos, e o irmão do empresário, Diego Zanatta, 29 anos, estariam em prisão domiciliar.
Os irmãos seriam naturais de Cocal do Sul, e a mulher, de Urussanga. Os três moravam na Itália há mais de dez anos. O grupo, junto com os quatro funcionários públicos também detidos, é suspeito de corrupção, lavagem de dinheiro e favorecimento à permanência ilegal no território italiano de cidadãos estrangeiros.
A operação, batizada de “Siracusao Meravigliao”, começou em 2016, investigando uma explosão de sul-americanos que solicitavam cidadania italiana ao país. Segundo o jornal Lasicilia, portal de notícias europeu, a empresa cobrava cerca de 3,5 mil euros para conceder o benefício ilegalmente.
Por nota, o Ministério das Relações Exteriores brasileiro informou que ainda não havia sido contatados pelos cidadãos brasileiros ou por familiares dos detidos. No entanto, “com objetivo de acompanhar o caso e prestar o apoio consular, o Consulado-Geral em Roma segue acompanhando a situação”. Já a empresa catarinense foi procurada, mas os telefones estavam desligados.
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