A experiência da microempresária que teve prejuízo de R$ 50 mil devido a ação de ladrões soma-se a de três famílias da Rua Arnold Zuelow, também na Itoupava Central, que tiveram as casas arrombadas na última semana. De um dos imóveis foram levados uma televisão, perfumes e roupas.
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– Eu fiquei em estado de choque, não sabia o que fazer – lembrou uma das vítimas, que preferiu não se identificar.
Era terça-feira e ela havia saído de casa por cerca de 30 minutos para ir até uma vizinha no fim da rua. Foi tempo suficiente para que ladrões invadissem a residência dela e outras duas.
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Na manhã seguinte aos furtos, as três casas geminadas estavam em clima de reforma, com fechaduras substituídas e portas sendo arrumadas. As casas, assim como quase todas da rua, têm portão baixo e são separadas por muros de não mais que um metro e meio de altura. Os portões ficaram intactos e marcas de pés ainda apareciam nos muros.
– Chamamos o chaveiro logo em seguida, ele ficou até a noite colocando fechaduras novas – contou Raimundo Enio Ferreira.
Da casa dele levaram uma televisão e um perfume. O tecelão mora no local há três anos e logo em seu primeiro mês na rua viu a casa de um vizinho ser assaltada. Depois de ser vítima também, pensa em colocar grades ou até câmeras de segurança.
Hábitos que favorecem a criminalidade
Na Rua Arnold Zuelow, no bairro Itoupava Central, há um contraste entre as casas. A maioria dos imóveis preserva um ar de interior, com gramados visíveis sem grandes muros, grades ou cercas. Outras residências, em especial as que aparentam ser mais novas, têm defesas maiores como sinal da sensação de insegurança que se estende por toda a Itoupava Central.
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Para o presidente do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) da Região Norte, Zélio dos Santos, uma parcela da comunidade ainda cultiva hábitos que dão brecha para a ação de criminosos:
– As pessoas mais antigas se sentem muito confiantes. Antigamente era comum deixar as casas abertas, roupa para o lado de fora, e nada acontecia. Agora é um risco muito grande.