A reportagem do Diário Catarinense aproveitou a rara presença, por estarem juntos, dos três principais candidatos ao governo do Estado em um mesmo evento. No debate da Acaert, na manhã desta sexta-feira, fez três provocações (perguntas) em relação aos cenário atual das Eleições em Santa Catarina e no Brasil.
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PSD
Acredita que mesmo com este problema na vista – Raimundo Colombo teve uma infecção viral há um mês no olho esquerdo, ainda não plenamente curada, e se afastou das atividades de campanha – atrapalhando a presença em comícios e a gravação da propaganda eleitoral, quase sem fazer campanha, a vitória virá no primeiro turno?
Raimundo Colombo – Eu tô muito otimista. Eu acho que eleição correu muito bem. Nossos amigos seguraram a barra na minha ausência. Todo mundo contribuiu. O clima eu sinto bem favorável, com grande apoio. Mas primeiro ou segundo turno é uma questão que se tem que aguardar. Não é uma coisa que eu possa? A lei é clara. Tem dois turnos e vamos deixar acontecer.
PSDB
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O tsunami previsto pelo candidato Aécio Neves no início da eleição acabou não vindo. Ainda há tempo para ele chegar nesta última semana e impactar também na campanha aqui no Estado?
Paulo Bauer – Eu sou um político coerente, que tem 32 anos de vida pública e todos que me conhecem sabem que eu não tenho compromisso com o erro. Eu tenho compromisso com a verdade. Eu comecei essa campanha alinhando minha posição política ao processo de mudança no Brasil. Eu comecei essa campanha anunciando que meu candidato à Presidência era Aécio Neves. Nunca mudei. Nem na hora boa, nem na hora ruim e em nenhum momento. Eu acho que isso qualifica o debate político. Isso identifica o candidato de uma forma melhor. Eu não sou como o governador Colombo que diz que apoia a Dilma, mas não pede voto para ela. Isso não combina com Santa Catarina. É a mesma coisa que alguém morar em Criciúma e torcer para o JEC ou morar em Joinville e torcer para a Chapecoense.
PT
A candidata Dilma Rousseff aparece em primeiro nas pesquisas aqui em Santa Catarina. O senhor, mesmo sendo do partido da presidente, está em terceiro. Por que esses votos não chegam à campanha do senhor e teme que esta possa ser a pior campanha do PT se essas intenções de menos de 10% dos votos se concretizarem?
Claudio Vignatti – Nós vamos construir de fato a oportunidade de ter um governo diferente, um governo novo. E para isso não fizemos alianças. Estamos sozinhos. E acho que as pesquisas em Santa Catarina, se eu tivesse R$ 1 milhão para comprar, estaria em primeiro lugar. Quem teve para pagar, está. Em 82, o PT tinha 5% nas pesquisas e fez 28% dos votos. Eu quero dizer para ti que tu vai me ver no segundo turno e terá que dizer, “o PT foi pela primeira vez para o segundo turno contigo, Vignatti, porque a população compreendeu a mensagem do fim do cabidaço de empregos, do fim do governo devagar e lento”.
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