Três candidatos ao governo de Santa Catarina participaram na manhã desta segunda-feira de um debate na rádio CBN Diário, da NSC Comunicação, que também teve transmissões pelas rádios Globo, de Joinville, e Som Maior, de Criciúma, além de exibição ao vivo pelo site NSC Total e pelo Facebook do Diário Catarinense, CBN Diário, A Notícia, Jornal de Santa Catarina e Hora de Santa Catarina.

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Prova Real: checamos o que disseram os candidatos no debate da CBN

Em um encontro sem ataques pessoais, Comandante Carlos Moisés da Silva (PSL), Décio Lima (PT) e Leonel Camasão (PSOL) discutiram propostas, criticaram a ausência de Gelson Merisio (PSD) e Mauro Mariani (MDB) — que alegaram conflito de agenda —, e aproveitaram boa parte do tempo para pedir o voto e chamar o eleitor para as redes sociais.

Um debate com alvos ausentes

No primeiro bloco, os candidatos perguntaram entre si sobre temas sorteados na hora: segurança, tecnologia e inteligência e eficiência na gestão e visão de estadista. Comandante Moisés afirmou que seu plano de governo pensa a segurança como um todo, com educação e inclusão social, e também defendeu a presença da polícia nas comunidades. Décio destacou que a inclusão digital é importante para todo tipo de inclusão e que a tecnologia gera renda e emprego, prometendo ainda ampliação dos parques tecnológicos do Estado e o uso de ferramentas digitais para dar mais eficiência ao governo. Camasão criticou as Agências de Desenvolvimento Regional (ADRs) e disse que é preciso combater esse “modo de fazer política” e os privilégios.

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O segundo bloco teve perguntas de tema livre entre os candidatos e as questões levantadas foram sobre evasão escolar, corrupção e sobre as últimas gestões estaduais. Moisés defendeu que o Ensino Médio não é atrativo ao mercado e que é preciso valorizar os professores e também o ensino profissionalizante para que os jovens entrem no Ensino Médio mais adequados às condições regionais do mercado de trabalho em SC. Camasão disse que o combate à corrupção é fundamental para o futuro governador e declarou que, se eleito, combaterá também os privilégios que são legais, mas não morais, além de aprimorar as ferramentas de transparência pública. Décio, questionado sobre o assunto por Camasão, declarou que a ausência de Merisio e Mariani era ruim e agredie a democracia por “tratar com desdém” o espaço de discussão.

O terceiro bloco teve o mesmo formato e os candidatos optaram por perguntar sobre a dívida do Estado, saúde e inclusão social. Camasão disse ser preciso cortar privilégios e a “farra fiscal”, citando as isenções fiscais, na questão da dívida. Décio comentou sobre o diagnóstico da saúde, citando números que mostram os problemas do setor, e prometeu criar um SUS catarinense, com foco na saúde básica, alinhado à estrutura estadual e à filantropia. Moisés citou algumas ações na área da inclusão social, destacando sua experiência com a população como bombeiro.

No penúltimo bloco os candidatos perguntaram entre si sobre privatizações, infraestrutura e agricultura. Moisés disse que o Estado deve priorizar saúde, educação e segurança e que diante do loteamento de cargos em empresas públicas, defende privatizações, mas não citou casos específicos no Estado. Décio citou empresas públicas do Estado como estratégicas para o desenvolvimento e disse ser aberto a parcerias para obras de infraestrutura. Camasão defendeu que o governo do Estado amplie sua atuação contra agrotóxicos e alimentos transgênicos e incentive a agricultura ecológica e familiar.

No último bloco, os candidatos responderam a perguntas enviadas pelo WhatsApp e pelo Facebook. O primeiro a responder, por sorteio, foi Décio Lima. O questionamento, também por sorteio, foi sobre o excedente no Corpo de Bombeiros, com mais de 300 aprovados aguardando serem chamados. O petista respondeu elogiando a atuação dos bombeiros e afirmou que chamará os aprovados imediatamente se. for eleito. Citou a defasagem de efetivo nos Bombeiros e também na Polícia Militar.

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O segundo sorteado foi Moisés, que respondeu sobre a administração de Organizações Sociais em hospitais, se ele pretende priorizar esse tipo de gestão caso eleito. O candidato disse que é preciso investir nos profissionais e também nas parcerias e nas OSs, dizendo que avaliará cada caso, mas destacando que tem bons exemplos nesse sentido.

Camasão foi o terceiro a responder. A pergunta foi sobre cultura. O candidato do PSOL afirmou que criará uma Secretaria de Cultura independente, para poder captar recursos junto ao governo federal para fomentar a área. Defendeu que o setor gera emprego, renda e desenvolvimento humano.

A segunda rodada de perguntas começou com pergunta sobre infraestrutura de rodovias do Oeste de SC. Quem respondeu foi Moisés, que defendeu parcerias público-privadas aliadas a aumento de investimentos públicos.

Décio foi o segundo a responder na rodada. A pergunta foi sobre as propostas para o esporte, especialmente para atletas de alto rendimento. O petista comentou sua experiência com os Jogos Abertos quando era prefeito de Blumenau e garantiu que o esporte de alto rendimento estará em pauta.

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Camasão encerrou respondendo sobre o fechamento de empresas e de como diminuir impostos e burocracia no setor privado. O candidato do PSOL disse que a visão do partido é de incentivar o pequeno empresário e os empreendedores individuais, voltando a criticar as isenções fiscais a grandes empresas e a sonegação de impostos.

Ausências

Os candidatos Gelson Merísio (PSD) e Mauro Mariani (MDB) informaram que não poderiam aceitar o convite por problemas nas agendas de campanha. O candidato Jessé Pereira (Patriota) havia confirmado presença, mas comunicou nesta segunda de manhã que não poderia estar presente. Os demais candidatos ao governo — Ângelo Castro (PCO), Ingrid Assis (PSTU) e Rogério Portanova (Rede) — vão participar de uma entrevista que irá ao ar pela CBN Diário na terça-feira, a partir das 10h, durante o Notícia na Manhã.

Veja como foi o debate na CBN Diário:

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