Quando o sol raiava na parte ilhéu da antiga Nossa Senhora do Desterro, iluminava, bem ao sul, os campos de café cultivados por famílias fazendeiras. As terras afastadas do centro comercial do Mercado Público e Casa de Alfândega viviam um mundo à parte da capital do estado de Santa Catarina.

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Anos se passaram até a década de 1.950, o centro de Florianópolis expandiu, a população cresceu e a região do Pântano do Sul acompanhou a evolução por histórias trazidas pelos viajantes de passagem pela antiga praia do Porto, nome ainda utilizado pelos mais velhos referindo-se ao canto esquerdo do local. As embarcações continuam sendo pesqueiras, nenhum navio cargueiro já ancorou por aqui. Praia do Porto por que o povoado das fazendas vinha à beira-mar para comprar peixes e frutos do mar dos pescadores. A economia local já não se fazia exclusivamente dos cafezais. A pesca ganhou espaço, conduzindo a estrutura cultural do Pântano do Sul ao que conhecemos hoje.

Em 1.958 "Seu" Arante abriu um bar na parte da frente da casa que morava. O trajeto até o Pântano do Sul era longo demais e alguns viajantes, além de comer e beber, tinham repouso garantido pelo comerciante para que pudessem seguir o percurso no dia seguinte. Nascia a hospitalidade local característica deste cantinho de Florianópolis.

1 – Estrutura

A breve história foi conduzida até aqui para chegarmos ao primeiro motivo da visita à praia: estrutura. Turistas esperam poder passar o dia na areia sem se preocupar com horários para ir embora, alimentação ou falta de banheiros. No Pântano do Sul existem mais de uma dezena de bares e restaurantes dispostos lado a lado na pequena orla, servindo bem aos clientes a qualquer horário.

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2 – Tranquilidade

O segundo ponto que vale ressaltar é a tranquilidade encontrada na praia. Existe sim um burburinho perto da entrada principal, entretanto é fácil deixá-lo de lado ao caminhar 150 metros para a direita, pela faixa de areia, com a possibilidade de ir mais além. O sossego é algo intrínseco por aqui, refletido nas águas calmas que banham esse pedaço do litoral. Famílias com crianças elencam Pântano do Sul como a praia preferida para relaxar.

3 – Trânsito

Para completar, o terceiro argumento, não menos importante, agrada bastante quem vai apenas passar o dia no local. Trânsito. É fácil acessar o Pântano, sem filas, e estacionar o veículo perto da praia. Se o horário escolhido para voltar pra casa não for aquele conhecido fim de tarde de verão, mais fácil fugir das filas quando chegar ao Campeche (passagem obrigatória de quem sai do Sul da Ilha). Agora, se a temporada for inteira na região, trânsito é uma palavra que não existe.

Os três quesitos foram colocados e por si só já bastam, no entanto, quem vier à ponta de baixo da Ilha de Santa Catarina irá encontrar uma praia que, além disso tudo, é linda.