Com a chegada de mais uma temporada aumenta a preocupação com o abastecimento de água e energia, principalmente no litoral catarinense. Para evitar desabastecimento e problemas como poluição, Celesc e Casan garantem que realizaram investimentos.
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— Desde 2013 viemos nos preparando mais para enfrentar essas situações. O objetivo neste ano foi repetir o que viemos fazendo nos últimos anos e isso passa por três frentes. Em investimentos foram cerca de R$ 340 milhões em obras em alta tensão, linhas e subestações, assim como também média e baixa tensão, e troca de cabo por um protegido, para que quando bata alguma coisa no sistema a rede não caia. Depois, fizemos manutenção no sistema. E, se ainda assim tiver desligamento, reforçamos a equipe para religar de forma mais rápida — destaca o presidente da Celesc, Cleverson Siewert.
Segundo dados da Celesc, 35% das vezes que o abastecimento de energia é interrompido em Santa Catarina é por causa de vegetação que bate na rede. Por isso, a companhia diz ter reforçado as equipes para a reação ao problema e a poda de árvores, além de substituir parte dos cabos por peças mais resistentes.
Já o presidente da Casan, Walter Gallina, diz que o investimento da companhia nos últimos dois anos vai contribuir para um número reduzido de registros de falta de água, como na temporada passada.
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— Há 32 meses não falta água no litoral catarinense. Investimos R$ 360 milhões nesses dois últimos anos, foram R$ 48 milhões em 2017. Obviamente que vai faltar água em situações pontuais, principalmente em rompimento de rede. Isso acontece 120 vezes por dia em Florianópolis e mais de mil em SC. Aumentamos substancialmente as equipes de rua, contratamos e terceirizamos em todo o litoral, quintuplicamos o número de pessoas, terá resposta mais imediata — frisa.
Em relação ao saneamento no Norte de Florianópolis, Gallina diz que as ações feitas pela Casan vão despoluir o Rio do Braz em até dois anos. Para evitar problemas, geradores foram instalados em todas as 74 estações elevatórias de esgoto da Ilha, responsáveis por captar o esgoto e enviar para a estação de tratamento. Em 2016, o equipamento do Rio do Braz ficou sem luz e despejou todos os dejetos no mar.
— No verão passado já não tivemos problemas de saneamento e de água. Todos achavam impossível a resolução do problema do Rio do Braz, mas nós resolvemos, e o rio vai ficar completamente despoluído, é uma ação primordial e estamos fazendo em todos os locais. Tudo o que eles (MPF e Justiça) nos pediram, nós tínhamos executado e é o que estamos informando agora — assegura.
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Abastecimento de água
Segundo a Casan, foram investidos R$ 48 milhões neste ano para garantir o abastecimento de água e evitar problemas na rede. Pode haver faltas pontuais de água, mas o número de equipes na rua aumentou, o que pode viabilizar uma solução mais rápida, segundo o companhia.
Esgoto
Casan diz ter instalado geradores em todas as 74 estações elevatórias de esgoto da Ilha, responsáveis por captar o esgoto e enviar para a estação de tratamento. Além disso, a meta da companhia é despoluir Rio do Braz em até dois anos
Abastecimento de energia
Celesc garante que investiu cerca de R$ 340 milhões em obras em alta tensão, linhas e subestações, assim como também média e baixa tensão. Além disso, aumentou equipes e trocou parte dos cabos por peças mais resistentes para evitar desabastecimento em dias de chuva, com vegetação que rompe a rede.
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