Quatro vagões de um trem carregado com soja descarrilaram na madrugada deste domingo no Centro de Guaramirim, no Norte de Santa Catarina. O trem, composto de 75 vagões, que pertence à empresa América Latina Logística (ALL), saiu de Maringá, no Paraná, e tinha como destino o porto de São Francisco do Sul. Ninguém se feriu no acidente.
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Até as 9h deste domingo, quatro ruas da cidade estavam com o trânsito interrompido por causa do tombamento dos vagões e o vazamento da carga de soja nas passagens de nível. A linha foi desobstruída para passagem de outros trens por volta do meio-dia.
Os trabalhos para retirada da carga de mais de 200 toneladas de soja que se espalharam no trilho e leito da ferrovia começaram às 13h e devem seguir até a tarde de segunda-feira. Já os quatro vagões que descarrilaram e que estão às margens da ferrovia também devem ser retirados só nesta segunda. A América Latina Logística abriu uma investigação para apontar as causas do descarrilamento.
O bombeiro Joannes Spezia escutou o barulho do descarrilamento quando trabalhava de plantão na corporação dos bombeiros voluntários de Guaramirim neste domingo por volta de 00h40. Segundo ele, logo após o acidente, a Polícia Militar e os bombeiros de Guaramirim isolaram o local para evitar acidentes com motoristas que usam as passagens de nível, já que o trem passa no Centro de Guaramirim. Joannes conta que a carga de soja se desprendeu dos vagões cerca de três horas após o acidente.
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Segundo Acir Gonçalves, fiscal operacional de patrimônio da empresa Gersepa, que presta serviços para a América Latina Logística, cerca de 20 funcionários da empresa Concerg, de Mafra, também contrata pela ALL, estão trabalhando no local do descarrilamento desde a madrugada deste domingo.
Acir explica ainda que cada vagão tombado levava um contêiner carregado com cerca de 70 toneladas de soja. Grande parte da carga se espalhou depois do descarrilamento e deve ser recolhida manualmente pelos funcionários da Concerg. Parte da carga que caiu dos vagões será levada em caminhões para um depósito da ALL em Curitiba e a outra parte, que ficou ainda dentro dos contêineres, será encaminhada para o porto de São Francisco. Toda a carga era segurada.