Victor Hugo Felipe tem 11 anos, estuda em escola pública e tem o mesmo sonho da maioria dos garotos brasileiros da sua idade: ser jogador de futebol. Com duas grandes diferenças em relação aos demais: ele não tem um time do coração e o seu grande ídolo no esporte não é Neymar, Messi ou Cristiano Ronaldo, mas um tio. E é em Silvio, irmão da mãe, jogador profissional na Alemanha e cujas atuações Victor só viu em vídeos, que o jovem se inspira para ser um craque dos gramados.
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Victor vive em Lages, na Serra, onde no próximo fim de semana ocorrerá a penúltima das seis etapas de Santa Catarina do projeto Peneirinha Gillette, desenvolvido pelo Grupo RBS em parceria com a Procter & Gamble (P&G) e com apoio das federações catarinense e gaúcha de futebol.
O pequeno lageano começou a jogar bola quando tinha seis anos. Atualmente, treina futsal e futebol de campo duas vezes por semana em escolinhas, fora as “peladas” na escola e em casa com o irmão mais novo.
Victor nunca participou de seletivas e, quando soube do Peneirinha Gillette, não hesitou em pedir para o pai inscrevê-lo no projeto. Ele sabe da dificuldade do Peneirinha. Afinal, estará disputando com centenas de garotos participantes de 15 seletivas em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul a chance de ganhar um ano de escolinha em um clube de futebol e mais duas semanas de treino em um time da Europa.
Mas ainda que com os pés no chão e ciente de que não será fácil vencer, Victor está confiante. Ala direita no futsal e meia-atacante no campo, ele se considera um bom jogador e garante estar bastante concentrado e disposto a melhorar suas técnicas a fim de chegar bem aos testes.
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Nos últimos dias, Victor intensificou os treinos com embaixadinhas, toques de bola e chutes com o pé esquerdo, seu ponto fraco. E é com essa dedicação e o sonho de ser jogador profissional, assim como o tio de Maringá (PR) que está na Alemanha, que o pequeno lageano entrará no Estádio Municipal Vidal Ramos Júnior neste fim de semana para o primeiro teste da sua vida.
_ Se eu não ganhar, vou levantar a cabeça e continuar treinando, pois quero ser jogador profissional e não penso em fazer outra coisa. Mas se eu ganhar, aí é só correr para o abraço.