A decisão entre Chapecoense e Joinville, neste domingo, a partir das 16h, na Arena Condá, vai por frente a frente não apenas dois times brigando pelo título do Campeonato Catarinense, mas dois estrategistas. De um lado o paulista Guto Ferreira, 50 anos, que começou nas categorias de base do São Paulo e do Internacional, onde chegou ao time profissional e foi campeão gaúcho em 2002.

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Depois passou por Portugal, voltou ao Brasil e comandou alguns times da Série B como Portuguesa e Ponte Preta. Teve passagem pelo Criciúma em 2011 e uma má passagem pelo Figueirense em 2014. Na Ponte Preta conseguiu o acesso para a Série A em 2014, mas perdeu o título para o Joinville de Hemerson Maria, que venceu o confronto em Joinville por 3 a 1.

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– Cada momento tem sua peculiaridade, na Série B nós tínhamos conquistado o acesso e o título seria um plus, mas acabamos derrotados no jogo fora de casa – lembrou Guto.

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No ano passado, após uma queda de rendimento da Chapecoense sob o comando de Vinícius Eutrópio, que havia feito um bom primeiro turno, Guto Ferreira foi chamado. Começou patinando mas depois arrancou para uma permanência tranquila na Série A e uma bela campanha na Sul-Americana, eliminando o Libertad e caindo diante do River Plate, mas com uma vitória em casa por 2 a 1.

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– Ele é um cara estrategista, um cara que busca estudar o adversário – pontuou Guto Ferreira, que disse ficar tentando imaginar a postura do adversário para evitar surpresas no duelo.

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Para o primeiro jogo da final, o técnico da Chape escondeu treino, alterou o esquema colocando três volantes e sacou o artilheiro Bruno Rangel, para colocar o Kempes, com a função de já marcar a saída dos zagueiros do Joinville. Com isso surpreendeu o Joinville e conquistou uma vitória por 1 a 0 e a vantagem de perder por até um gol na partida de volta.

– Agora estamos rivalizando, ele teve uma vantagem no segundo turno e agora espero sair vencedor e conquistar o título – disse Guto Ferreria.

Cleber Santana e Rafael Lima elogiam comandante tricolor

Do outro do campo estará o catarinense Hemerson Maria, 41 anos, que trabalhou nas categorias de base do Guarani de Palhoça, Avaí e Figueirense. No Alvinegro ganhou um admirador que fez sucesso na Chape, o zagueiro Rafael Lima.

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– Trabalhei com ele durante quase 10 anos e sei da competência dele e do que é capaz – alertou Lima, sobre os cuidados que a Chapecoense deve ter com o técnico adversário.

Cleber Santana também elogiou Hemerson Maria na coletiva de sexta-feira. Afinal, os dois juntos supreenderam a Chapecoense na Arena Condá, na semifinal de 2012. No primeiro confronto, em Florianópolis, havia ocorrido empate por 1 a 1. A Chapecoense jogava pela igualdade no jogo de volta e saiu vencendo por 1 a 0. Mas o Avaí conseguiu a virada.

Foi para a final contra um Figueirense que havia vencido os dois turnos e acabou conquistando o título.

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No ano seguinte foi vice-campeão Catarinense pelo Joinville e campeão da Série B. Em 2015, mais um vice-campeonato. Agora ele tenta bolar algo diferente para não ser tri-vice.

– A partir do momento em que perdemos o jogo de domingo, passou pela minha cabeça a reversão do quadro. Há diferentes situações que analisei, terei de buscar a solução dentro de nosso elenco – afirmou Hemerson Maria.

FICHA TÉCNICA

CHAPECOENSE

Danilo; Gimenez, Rafael Lima, Thiego, Dener, Josimar, Gil, Cleber Santana, Ananias (Maranhão), Lucas Gomes e Bruno Rangel (Kempes)

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Técnico: Guto Ferreira

JOINVILLE

Agenor; Edson Ratinho, Rafael Donato, Bruno Aguiar, Diego, Diones, Naldo, Pereira, Juninho, Felipe Alves e Adriano

Técnico: Hemerson Maria

Arbitragem: Sandro Meira Ricci, auxiliado por Nadine Câmara Bastos e Kleber Lucio Gil

Horário: 16h

Local: Arena Condá, em Chapecó.

Transmissão: RBS TV e ao vivo no DC a partir das 14h.