Um treinador de handebol foi condenado por 33 crimes sexuais contra 16 crianças e adolescentes no oeste de Santa Catarina. A pena estipulada foi de 56 anos, 10 meses e 12 dias de prisão, além da perda o cargo publico, por crimes como estupro de vulnerável, importunação sexual e tentativa de induzir à exploração sexual — os casos teriam ocorrido entre 2018 e 2022.
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Segundo o MP, o professor se prevalecia da confiança que os atletas tinham nele para praticar atos libidinosos e tocar no corpo e nas regiões íntimas deles sem permissão. Além disso, oferecia dinheiro e cigarros eletrônicos em troca de fotos com nudez, entre outras ações.
O promotor de Justiça Bruno Poerschke Vieira explicou que havia um padrão nos crimes cometidos contra o treinador. Ele pedia, por exemplo, que as vítimas entrassem sozinhas em uma sala e ficassem apenas com as roupas íntimas.
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— Ele pedia que os adolescentes ficassem somente de cueca, momento em que praticava o crime de importunação sexual. Já em outra ocasião, viu que uma das vítimas estava sentada na arquibancada e se aproximou, momento em que praticou o crime de estupro de vulnerável. Além disso, aproveita-se dos campeonatos de handebol para que, no momento em que as vítimas estavam no alojamento e já descansando, praticar os abusos sexuais, especialmente com toques nas partes íntimas delas — expõe.
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A cidade onde o professor atuava não foi divulgada, para preservar as vítimas. Mas as denúncias foram apresentadas pela Promotoria de Justiça da comarca de Pinhalzinho.
Denúncia
A sentença foi publicada na última quinta-feira (18), Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
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O Promotor de Justiça destacou ainda a importância da denúncia para prevenir casos como este.
— Embora seja alarmante a quantidade de crimes contra a dignidade sexual que estamos apurando na Comarca de Pinhalzinho, é importante destacar a coragem das vítimas em denunciar os agressores. Essa é a melhor forma de eles não saírem impunes das perversidades que praticam, bem como de prevenir que outras crianças ou adolescentes sejam vítimas — destacou.
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A condenação do treinador de handebol já é a terceira sentença por crime sexual com mais de 20 de anos que a Comarca de Pinhalzinho noticiou no mês de maio.
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