Vigor e velocidade fazem de Isabela da Silva, de 19 anos, uma atleta em construção. Mas fora dos ringues, a principal força da lutadora vem de casa. Treinador de boxe em Florianópolis, Douglas Giancler é a inspiração para os cinco filhos seguirem no esporte.
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Conheça a história do treinador de boxe
Com dois metros de altura e uma potência no soco, Douglas é um verdadeiro tanque no boxe. Mas a cara de mau dentro do ringue esconde um “paizão” fora das cordas.
Dos mais velhos até o caçula, todos enxergam o pai como um exemplo para praticar esportes. O Calebe, de seis anos, já treina jiu-jitsu, assim como o irmão Natan. Henrique ajuda o pai nas aulas de boxe e Kaua é jogador de futebol. Isabela também é do jiu-jitsu e tenta começar a carreira no MMA.
— Eu venho de uma família de origem pobre, tem coisas ruins que aconteceram com algumas mulheres da minha família. Sempre procurei dar condições melhores para os meus filhos, e graças a Deus isso vem dando certo — disse Douglas.
Mas foi durante a pandemia que eles passaram o maior susto da vida. Isabela foi entregar uma marmita para o pai, de bicicleta, e na volta, bateu de frente com um poste. Ela teve uma parada cardiorrespiratória e precisou ser reanimada.
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— Eu achei que ia perder a minha filha. Com todas aquelas fraturas, pensamos que ela não seria mais a mesma pessoa — afirmou Douglas.
Com fraturas no rosto e paralisia no lado direito, os médicos deram prazo de dois anos para Isabela voltar a praticar esportes. Mas em seis meses, ela já estava forte, ao lado do pai.
— Quando nem eu mesma achei que iria conseguir, meu pai e minha mãe estavam lá, me incentivando. E quando eu realmente vi que poderia, fui acreditando também. Agora, eu sei que quero dar aula de boxe, continuar competindo no jiu-jitsu, me especializar ainda mais no MMA, esses são os meus focos — conta Isabela.
O incentivo do pai deu para a família uma vida no esporte.
— Ser pai, para mim, é a melhor coisa do mundo. Graças a Deus eles me retribuem com o jeito que são — disse Douglas.
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