O motorista que passa pela BR-280, no Norte de Santa Catarina, percebeu que alguns radares não estão em funcionamento nos últimos dias no trecho entre o porto de São Francisco do Sul e Corupá. Seis dos 12 aparelhos foram cobertos com sacos plásticos pretos, assim como as placas que sinalizam os radares.

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Desde novembro, os aparelhos não estão funcionando porque o contrato com a empresa que realizava a fiscalização chegou ao fim e não foi renovado. O problema ocorre em todos os Estados brasileiros. Em Santa Catarina, são 197 radares fixos inoperantes há mais de um mês em nove rodovias federais.

Entre elas estão as BR-101, 282, 280 e 470, que tem um movimento muito mais intenso durante os meses de verão, quando milhões de turistas visitam o litoral catarinense.

Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a licitação para contratação da nova empresa está em fase final de homologação, porém o órgão não deu um prazo para a retomada da fiscalização fixa.

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A situação preocupa a Polícia Rodoviária Federal (PRF), que lamenta o problema com os radares. Segundo o inspetor Adriano Fiamoncini, esse controle é essencial para a redução de acidentes porque o excesso de velocidade é uma das principais causas de acidentes.

— A gente pede ajuda também do usuário, que respeite o limite de velocidade. Não por medo de levar multa, mas por questões de segurança e por preservação da vida — diz.

A PRF também afirmou que vai continuar com o trabalho de fiscalização utilizando os 31 radares portáteis disponíveis no Estado. Fiamoncini admite que os aparelhos não são o suficiente para compensar todos os que foram desativados, mas ajudam a tentar evitar o excesso de velocidade.

Apenas nesse mês, a PRF flagrou 673 motoristas andando acima da velocidade permitida nas rodovias até aqui.

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