Chapecó recebe nesta quarta-feira (07) a visita do presidente Jair Bolsonaro, que vai acompanhar o que cidade fez até aqui na condução da pandemia de Covid-19. Um dos pontos indicados pelo prefeito João Rodrigues como fator para redução no número de caos e mortes é o tratamento precoce — elogiado pelo presidente.
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Em entrevista ao CBN Hub, o prefeito disse que não há polêmica. O que existe, na avaliação dele, é uma confusão sobre o que é tratar de forma precoce.
— O fato é que as pessoas estão confundindo e isso me deixa preocupado e irritado. Tratamento precoce para nós em Chapecó não é especificamente cloroquina e ivermectina. Não estamos tratando da marca do remédio. Tratamento precoce é tratar imediatamente. A medicação é o médico que define para o paciente em cada estágio da doença — disse.
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João Rodrigues também citou outros fatores para redução dos casos. A cidade teve que restringir a circulação de pessoas, o que ajudou a diminuir o colapso do sistema de saúde.
— É o conjunto da obra que permitiu estar onde estamos. Não é uma ação isolada, é um conjunto. São mais de 300 profissionais que trabalham lá na ponta, no posto de saúde, onde ficamos tratando só Covid por um período. O conjunto também é testar rapidamente e isolar quem está infectado — contou.
Números
A colunista Dagmara Spautz levantou que a região Oeste chegou a ter 170 pacientes aguardando vaga de terapia intensiva. Nesta segunda-feira (5), a cidade zerou a lista de espera por leitos de UTI pela primeira vez desde o fim de fevereiro. Ao longo dos últimos dias, a prefeitura desmobilizou as internações alternativas, em leitos semi-intensivos que foram instalados no Centro de Eventos.
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No entanto, os dados da Secretaria de Estado da Saúde apontam que as UTIs ainda estão lotadas no município, com 100% de ocupação. Isso é resultado do período longo de internação, que é uma característica da Covid-19, e que provoca o inchaço no sistema de saúde dos municípios.
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