A mudança de rumo do tratamento médico contra um câncer ósseo a que um rapaz de 12 anos estava sendo submetido alterou a rotina de uma família em Joinville e chamou a atenção do Ministério Público Federal.

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Com a dispensa de um médico especialista em tumores ósseos pelo Hospital Infantil Jeser Amarante Faria, em fevereiro, os pais do menino, que moram no bairro Bom Retiro, passaram a questionar o atendimento dado ao garoto. A confusão levou a família ao MPF, que decidiu pedir à Polícia Federal a instauração de inquéritos civil e policial.

O que a família quer é agilizar a cirurgia que poderia melhorar a saúde do rapaz que hoje passa por quimioterapia. Mas os pais não aceitam a amputação da perna esquerda do rapaz.

A alternativa foi trazida à tona no dia 20 de fevereiro pela equipe médica que acompanhou o caso do menino após a dispensa do médico anterior pela organização social que administra o hospital estadual.

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– É meu filho. Não posso deixar fazerem isso sem outras opiniões de especialistas -, justifica a mãe do rapaz. Por meio da assessoria de imprensa, a direção do Infantil informou não ter negado à família o direito a uma segunda opinião médica, mas ressaltou que o SUS não permite ao usuário escolher o especialista.

O garoto chegou a ser encaminhado a um médico em Florianópolis.

Depois da reclamação, os familiares do adolescente conseguiram marcar consulta nesta quarta com o especialista em oncologia ortopédica que o atendia, desta vez no Hospital Regional Hans Dieter Schmidt.

Segundo a mãe, o ortopedista que cuidava do rapaz desde o diagnóstico, em novembro, havia discutido a viabilidade de cirurgia menos invasiva, ainda que não descartasse a possibilidade de amputação.

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“AN” tentou contato na terça com o médico, no consultório em que ele atende. Ele avisou que daria retorno à reportagem no fim da tarde, o que não ocorreu.

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