A menos de 50 dias para deixar o cargo de prefeito de Palhoça, Ronério Heiderscheidt, abraçou uma meta desafiadora. Ele quer nada menos do que implantar o transporte marítimo no município até 31 de dezembro, mesmo que em caráter experimental.
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Desde março, literalmente vestiu a camisa do tema e agora tenta convencer governo do Estado e os quatro candidatos eleitos a prefeito que levar as pessoas de barco de um município a outro é a melhor e única saída para a região metropolitana que engloba Florianópolis, São José, Biguaçu e Palhoça. Se o esforço der certo, até o final de 2013, as embarcações do tipo Catamarã ganharão a baía que cerca a Ilha.
Confira o vídeo com a travessia ilha-continente
Ronério começou a investir no tema há dois anos, mas foi há poucos meses que embarcou de vez no transporte marítimo. Uma empresa criou um projeto exclusivo para Palhoça. Foram definidos o tipo da embarcação, os pontos de embarque e desembarque, os horários das viagens e até o preço da tarifa.
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O sonho do Ronério só não saiu do papel ainda porque precisa aguardar uma posição da Secretaria de Patrimônio da União (SPU). O órgão não tem prazo para dizer sim ou não às expectativas do prefeito. Enquanto aguarda pela resposta, ele vem cutucando o secretário de Estado da Infraestrutura, Valdir Cobalchini, para abertura da licitação de um projeto metropolitano de transporte marítimo interligando os quatro munícipios via Catamarã.
Cobalchini afirma que hoje há intenções de tornar a ideia realidade, mas ainda não há um projeto para tanto. Não se sabe como será a integração com transporte coletivo, qual será o preço da tarifa ou onde seriam os pontos de embarque, mas há suposições e uma “grande vontade” em fazer.
– Concordo que é a opção mais barata e mais rápida de ser concluída, pois já temos o mar à disposição. Ainda não é uma decisão acertada de governo, mas a indicativa de que será é grande – adianta.
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O entusiasmo sobre o assunto parece ter contagiado os novos prefeitos. Todos afirmam que apoiam a ideia e que assinariam embaixo para criar um consórcio da região metropolitana e tirar os barcos do papel. A expectativa é criar um cronograma de implantação para 2013 e tornar o projeto realidade.
O novo modal custaria R$ 20 milhões, o trajeto Ilha/Continente seria feito em média a 25 minutos e a tarifa custaria R$ 4.50 integrada com a passagem do ônibus. O modelo do Catamarã metropolitano tem capacidade para 120 passageiros, oferece ar-condicionado, wi-fi, banheiros, televisão HD e música ambiente.