Blumenau continuará não permitindo a chegada e saída de ônibus do transporte interestadual na rodoviária da cidade. O serviço foi liberado em toda Santa Catarina pelo governo do Estado nesta segunda-feira (3), mas cada município tem autonomia para restringir a circulação.
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Blumenau, assim como Florianópolis e Balneário Camboriú, fechou os terminais rodoviários como parte das medidas de adotadas pelas prefeituras no combate ao coronavírus.
Na noite desta segunda-feira, o prefeito Mário Hildebrandt explicou em transmissão ao vivo que o prazo para suspensão das atividades na rodoviária será prorrogado em mais uma semana. Ou seja, ao menos até a próxima segunda (10), ônibus vindos de outros estados não estão permitidos, assim como o transporte intermunicipal, com exceção dos que fazem as linhas destinadas a atender profissionais de saúde.
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— Com base na orientação técnica da equipe da Saúde estamos suspendendo por mais uma semana. Assinei o decreto hoje e deve estar sendo publicado (nesta terça) — disse Hildebrandt.
O serviço estava proibido no Estado desde março, quando o governo de SC iniciou a quarentena por causa do coronavírus. Em Blumenau, a rodoviária foi fechada pela última vez em 20 de julho por duas semanas. O decreto assinado nesta segunda prorroga o prazo por mais sete dias.
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Impossibilidade
Sem as rodoviárias, as empresas de transporte alegam que não poderiam atuar, já que o regulamento da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) exige que os ônibus operem dentro da rota programada na concessão e utilizando os terminais.
O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros em Santa Catarina (Setpesc), Sandoval Caramori, explica que as empresas estão praticamente começando novamente uma operação. Ele diz que o setor comemorou a liberação das linhas interestaduais, já que o setor ia para o quinto mês sem operação, o que estava tornando cada vez mais difícil uma retomada.
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– As empresas estão se organizando. Estávamos no aguardo pelo o que está acontecendo no Estado, mas temos ainda uma dificuldade grande para operar. Vamos ter que achar alternativas – afirma, ao pontuar a dificuldade nos municípios onde ainda há restrição.
O sindicato diz que conversa com o órgão concedente para entender como vai ficar a situação das rodoviárias e como os ônibus poderão circular nas condições atuais. Até lá, ainda não há definições claras sobre quando o usuário poderá voltar a utilizar o serviço da forma em que está habituado.
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– A sensação é de que ganhamos, mas não levamos. Embora o governo do Estado tenha liberado para que isso aconteça, se o contexto todo não abrir, os ônibus não têm como operar – avalia Caramori.
As normas de prevenção a serem adotadas nos ônibus
– Desinfecção a cada viagem;
– Medição de temperatura com uso de termômetros antes do embarque;
– Ocupação máxima de 50% dos veículos. Para isso, uma medida deve ser o uso intercalado das poltronas. Em ônibus leito, por já terem espaço maior entre as fileiras de bancos, essa ocupação intercalado pode não ser necessária;
– Renovação de ar no uso do ar-condicionado;
– Uso de máscara obrigatório durante toda a viagem.